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    OPINIÃO

    Contemplar com naturalidade a diversidade é um progresso

    JAIRO MARQUES
    COLUNISTA DA FOLHA

    29/01/2016 02h00

    Quando a Lego apresenta ao mundo novas pecinhas de seus universais brinquedos que dão forma a um sorridente cadeirante de gorro, em uma coleção chamada "city" (cidade), um avanço conceitual imenso é comemorado pela pessoa com deficiência.

    Ser cego, ser surdo, ser down, ser atrapalhado das partes não deveria, nos tempos modernos, ser entendido como uma fatalidade do destino ou uma questão restrita a corredores de hospitais ou clínicas de reabilitação.

    Ter uma deficiência física, intelectual ou sensorial é uma condição humana igual a qualquer outra, embora ainda seja pouco palatável para parte das pessoas admitir que não somos "especiais" ou seres necessitados de um afago caridoso.

    Um cadeirante na "cidade" Lego mostra ao agente máximo da formação de um planeta mais inclusivo, a criança, que há gente pelas ruas que se desloca de uma maneira diferente dos outros, sobre rodas, mas se desloca, mas vive, mas é feliz e usa um gorro descolado.

    Ter naturalidade ao contemplar a diversidade, seja ela vinda com o passar dos anos –os velhos–, pelos quilos a mais, pela cor da pele, faz inibir o preconceito, escancara oportunidades iguais e cria ambientes mais felizes para todos.

    No Brasil, talvez a imagem pudesse fazer com que os responsáveis se lembrassem de que calçadas decentes, acessos, rampas e uma cidade amigável com as múltiplas maneiras de ser cidadão é algo tão básico para a humanidade como o direito de brincar e imaginar.

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