Jonathan Ernst - 9.out.2013/Reuters | ||
Presidente do Fed, Janet Yellen, ao lado de Barack Obama, presidente dos EUA |
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Mercado
Friday, 17-May-2024 04:24:30 -03ANÁLISE
Bancos centrais no mundo lutam para manter credibilidade
DO "FINANCIAL TIMES"
30/01/2016 02h00
A imagem dos bancos centrais como guardiões guiando sabiamente as economias de seus países na direção do crescimento constante e inflação estável sofreu abalos sérios nos últimos anos.
O mais recente caso foi o do Banco do Japão, que ontem reverteu declarações anteriores e cortou suas taxas de juros para abaixo de zero.
Nas últimas semanas, porém, a maior parte das críticas atinge o Banco Popular da China. A instituição vem sendo atacada por sua comunicação defeituosa, que ajudou a acelerar a queda do yuan, a baixa nas ações e a fuga de capitais.
Não é segredo que as políticas econômicas chinesas, especialmente as relacionadas ao câmbio, resultam em um cabo de guerra.
O banco central favorece a livre flutuação do yuan, o que pode afetar a estabilidade e a competitividade do país. Como as decisões do BC precisam da anuência do governo e do Partido Comunista, o resultado muitas vezes é incoerência e confusão.
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No mês passado, quando o Fed elevou as taxas de juros, a projeção média dos dirigentes era a de mais quatro aumentos de 0,25% nos juros, este ano. Os investidores não acreditam neles e preveem só mais um aumento.
Os bancos centrais viveram uma revolução nos anos 90 e 2000, por terem passado a operar com metas claras e limitadas, e a contar com a independência e os instrumentos necessários a atingi-las.
Como os acontecimentos recentes demonstraram, essa revolução não está concluída, e os avanços na comunicação não impedem que erros sejam cometidos e que credibilidade seja perdida.
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