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    ANÁLISE

    Bancos centrais no mundo lutam para manter credibilidade

    DO "FINANCIAL TIMES"

    30/01/2016 02h00

    Jonathan Ernst - 9.out.2013/Reuters
    U.S. President Barack Obama announces his nomination of Janet Yellen to head the Federal Reserve at the White House in Washington October 9, 2013. If confirmed, Yellen will run the world's most influential central bank, providing some relief to markets that would expect her to tread carefully in winding down economic stimulus. The nomination puts Yellen on course to be the first woman to lead the institution in its 100-year history. REUTERS/Jonathan Ernst (UNITED STATES - Tags: POLITICS BUSINESS) ORG XMIT: WAS601
    Presidente do Fed, Janet Yellen, ao lado de Barack Obama, presidente dos EUA

    A imagem dos bancos centrais como guardiões guiando sabiamente as economias de seus países na direção do crescimento constante e inflação estável sofreu abalos sérios nos últimos anos.

    O mais recente caso foi o do Banco do Japão, que ontem reverteu declarações anteriores e cortou suas taxas de juros para abaixo de zero.

    Nas últimas semanas, porém, a maior parte das críticas atinge o Banco Popular da China. A instituição vem sendo atacada por sua comunicação defeituosa, que ajudou a acelerar a queda do yuan, a baixa nas ações e a fuga de capitais.

    Não é segredo que as políticas econômicas chinesas, especialmente as relacionadas ao câmbio, resultam em um cabo de guerra.

    O banco central favorece a livre flutuação do yuan, o que pode afetar a estabilidade e a competitividade do país. Como as decisões do BC precisam da anuência do governo e do Partido Comunista, o resultado muitas vezes é incoerência e confusão.

    Banco Central dos EUA
    Conheça o FED e o impacto da alta de juros
    bandeira dos Estados Unidos

    Mesmo o poderoso Fed tem problemas. Esta semana, embora reconhecesse a instabilidade nos mercados financeiros, continuou a argumentar que o mercado de trabalho enfrenta aperto e há pressões inflacionárias.

    No mês passado, quando o Fed elevou as taxas de juros, a projeção média dos dirigentes era a de mais quatro aumentos de 0,25% nos juros, este ano. Os investidores não acreditam neles e preveem só mais um aumento.

    Os bancos centrais viveram uma revolução nos anos 90 e 2000, por terem passado a operar com metas claras e limitadas, e a contar com a independência e os instrumentos necessários a atingi-las.

    Como os acontecimentos recentes demonstraram, essa revolução não está concluída, e os avanços na comunicação não impedem que erros sejam cometidos e que credibilidade seja perdida.

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