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    Brasileiros lideram reservas no Airbnb para Olimpíada

    FILIPE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    08/02/2016 02h00

    Eduardo Knapp/Folhapress
    Kombi é hospedagem alternativa para turistas em São Paulo

    O número de reservas de hospedagens de turistas brasileiros em solo nacional a partir da plataforma norte-americana Airbnb tem superado o de estrangeiros que usam o site com o mesmo objetivo.

    A empresa, criada em 2008, permite que os clientes disponibilizem seus quartos e casas para locação por temporada pela internet ou aluguem os espaços oferecidos por outros usuários.

    Como exemplo da adesão dos brasileiros a essa forma de turismo, Leonardo Tristão, diretor da empresa para o país, diz que, durante a Copa do Mundo de 2014, 6% dos hóspedes que usaram o serviço no Brasil no período eram brasileiros.

    Para a Olimpíada, os brasileiros são responsáveis por 53% das 7.500 reservas já feitas para o Rio de Janeiro.

    A cidade é a quarta com mais anúncios na plataforma, cerca de 20 mil. Fica atrás de Paris, Nova York e Londres.

    A companhia chegou a 60 mil anúncios no Brasil, 10 mil deles adicionados no último trimestre de 2015.

    Tristão diz que fatores como a crise econômica, que leva à busca de opções mais baratas de viagem, o interesse dos brasileiros por redes sociais e internet e a adaptação da empresa ao consumidor do país em 2015 ajudaram a impulsionar o mercado.

    No ano passado, a companhia passou a aceitar pagamentos parcelados em reais, via cartão de crédito nacional ou boleto bancário.

    Segundo ele, quem busca a plataforma procura uma experiência diferente da hotelaria tradicional e um custo mais acessível.

    Luiz Mastropietro, 32, foi um dos que inventaram uma experiência nova. Ele reformou uma Kombi, colocou uma cama dentro e a deixou no jardim de seu hostel em São Paulo para ser reservada pela internet.

    O veículo é decorado com itens dos anos 1960. Cada noite nele custa R$ 160 e, segundo Mastropietro, a maioria dos clientes do hostel passa, pelo menos, uma noite no quarto da Kombi.

    Eduardo Knapp/Folhapress
    Interior de Kombi reformada para hóspedar viajantes que buscam experiências novas

    CONCORRÊNCIA

    O crescimento do Airbnb no mercado brasileiro também despertou o interesse de outras empresas no modelo de aluguel por temporada.

    Em 2014, o site para reservas de viagens Hotel Urbano comprou a start-up House in Rio, com plataforma semelhante ao Airbnb, e modificou sua marca para Voltem. O objetivo é torná-la uma empresa com atuação nacional.

    A companhia conta hoje com 15 mil anúncios.

    Outra opção é oferecida pela argentina Oasis Collections, que busca misturar a privacidade e o custo do aluguel por temporada com serviços oferecidos por hotéis.

    A empresa faz uma avaliação das casas ou apartamentos antes de aceitar anúncios e oferece aos hóspedes concierge para serviços como reservar mesa em restaurante.

    Fundada há sete anos, a Oasis Collections está no Brasil desde 2011 e tem aqui seu maior mercado. Ela possui 478 anúncios no país, cerca de 30% do total.

    Os imóveis anunciados no site da Oasis receberam 5.000 hóspedes no Brasil nos últimos três anos, 70% deles estrangeiros. Segundo o norte-americano Parker Stanberry, co-fundador e presidente da empresa, executivos expatriados que trabalham no país ajudaram a empresa a crescer no mercado local.

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