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    Bolsas mundiais caem puxadas pela desvalorização das ações dos bancos

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    08/02/2016 16h49 - Atualizado às 21h25

    Daniel Roland/AFP
    Bolsas caíram com investidores preocupados com a saúde dos bancos europeus
    Bolsas caíram com investidores preocupados com a saúde dos bancos europeus

    Até aqui centrados nos movimentos do petróleo e na desaceleração da economia chinesa, investidores passaram a ver o setor financeiro como novo foco de preocupação em meio à desaceleração do crescimento global.

    As Bolsas europeias e americanas fecharam em queda nesta segunda (8), puxadas principalmente pela desvalorização das ações dos bancos. As Bolsas brasileiras estão fechadas para o Carnaval e reabrem na quarta-feira à tarde.

    "Investidores estão começando a pensar que os bancos não são tão sólidos como se imaginava", disse o gestor de fundos da Anthilia Capital, Giuseppe Sersale, na Itália.

    O risco para o setor financeiro vem da sinalização de que políticas de afrouxamento monetário –como a adoção de taxa de juros negativa pelo Japão na última semana de janeiro– poderão ganhar força, com reflexo negativo sobre as margens dos bancos.

    Assim como o Japão tenta se afastar de um cenário de deflação com medidas que injetem mais dinheiro na economia, em janeiro, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, sinalizou para março mudança na política monetária da zona do euro, com uma nova injeção de estímulo.

    Nos Estados Unidos, uma nova elevação na taxa básica de juros pelo Fed (banco central americano) não é esperada para tão cedo.

    O índice das principais ações europeias, FTSEurofirst 300 fechou com queda de 3,4% e atingiu o menor nível desde 2013.

    Já o índice do setor bancário STOXX Europe 600 caiu 5,6% e acumulada perdas de quase 24% neste ano. As ações dos bancos alemães Deutsche Bank e Commerzbank despencaram 9,5%.

    A desvalorização dos bancos também foi acentuada nos Estados Unidos. Os papéis do Goldman Sachs caíram 7,22%, os do Morgan Stanley perderam 6,90% e os do Bank of America, 5,25%. As Bolsas americanas tiveram perdas mais tímidas: o índice Dow Jones perdeu 1,10% e o S&P 500 recuou 1,42%.

    O petróleo foi outra notícia ruim para os mercados acionários nesta segunda.

    O WTI (referência americana para o combustível) voltou a operar abaixo dos US$ 30 o barril, no menor patamar desde 21 de janeiro. Ontem, era cotado a US$ 29,93 o barril, queda de 3,11%.
    Já o Brent (base mundial de preço para a matéria-prima) cedia 2,70%, a US$ 33,14.

    A corrida do setor bancário e de energia levou investidores a buscarem ativos considerados mais seguros.

    O ouro avançou 3,27%, para US$ 1.195,24 a onça-troy.

    FECHAMENTO

    Em Londres, o índice FTSE-100 recuou 2,71%, para 5.689 pontos.

    Em Frankfurt, o índice DAX caiu 3,30%, para 8.979 pontos.

    Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 3,20%, a 4.066 pontos.

    Em Milão, o índice FTSE/MIB teve baixa de 4,69%, a 16.441 pontos.

    Em Madri, o índice Ibex-35 registrou queda de 4,44%, a 8.122 pontos.

    Em Lisboa, o índice PSI-20 caiu 2,80%, a 4.771 pontos.

    Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 1,10%, a 177.92 pontos.

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