• Mercado

    Friday, 03-May-2024 06:42:31 -03

    Conta de luz ficará em média 0,2% mais barata em 2016, diz consultoria

    DA REUTERS

    10/02/2016 11h19

    Os reajustes nas tarifas de energia elétrica para 2016 deverão resultar em redução média de 0,2% para os consumidores residenciais brasileiros em 2016, com os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste registrando quedas na conta de luz beneficiados por chuvas nas áreas de hidrelétricas.

    A tendência de baixa após dois anos de altas nas tarifas, segundo estudo da consultoria TR Soluções, deve aliviar a pressão sobre a inflação e é resultado de chuvas favoráveis em janeiro e no início de fevereiro, que ajudaram a recompor os reservatórios de hidrelétricas e permitiram o desligamentos de térmicas, cujo custo é mais elevado.

    O efeito médio para os consumidores do Sudeste e do Centro-Oeste será uma redução de 3,8%, enquanto no Sul a queda será de em média 3,4%, informou à Reuters a consultoria, especializada em cálculos de tarifas.

    No Nordeste, por outro lado, a TR Soluções estima que deverá haver elevação das tarifas, com efeito médio para o consumidor de 12,3%. A região, que havia sido menos afetada por altas nos anos anteriores, sofre os efeitos de uma severa seca nas hidrelétricas.

    Energia
    Geração renovável representa 17% da matriz

    Segundo o sócio da consultoria, Paulo Steele, os cálculos já levam em consideração o desligamento de termelétricas a partir de março, em um movimento que o governo vê como início do viés de baixa nas tarifas de energia.

    Steele explicou, no entanto, que "apenas uma parte muito pequena" dos custos com o acionamento das térmicas, que são mais caras que as hidrelétricas, é suportado pelas tarifas.

    A maior parte da conta das termelétricas é custeada pelo consumidor por meio das bandeiras tarifárias, que elevam a tarifa de acordo com o uso dessas usinas.

    Com o desligamento de mais térmicas em março, a bandeira nas contas deverá passar para amarela, ante a atual vermelha, o que representará cobrança extra de R$ 1,5 a cada 100 kilowatts-hora consumidos, ante R$ 3 na faixa vermelha.

    QUANDO A DISTRIBUIDORA PODE CORTAR A LUZ -

    Em 2015, quando a bandeira vermelha vigorou por todo o ano, as bandeiras tarifárias arrecadaram R$ 14,7 bilhões, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O consumidor chegou a pagar um custo extra de R$ 5,50 a cada 100 kilowatts-hora devido à bandeira vermelha, posteriormente reduzida.

    Com a evolução da hidrologia, o governo agora acha possível ter ainda neste ano a bandeira verde, quando não há cobrança adicional.

    O Banco Central estimou que os custos da energia elétrica subiram 52,3% em 2015 e projetou anteriormente uma alta de 3,7% em 2016, ainda considerando a vigência da bandeira vermelha.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024