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    Bovespa recua, puxada pelas ações da Petrobras; dólar sobe

    DE SÃO PAULO
    DA REUTERS

    10/02/2016 18h57

    Na volta do Carnaval, o Ibovespa fechou em baixa nesta quarta-feira (10), puxado pelo forte recuo das ações da Petrobras. O Ibovespa se ajustou às quedas de ADRs (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) brasileiros nos últimos dois dias, quando não houve negociação na Bolsa paulista por causa do feriado.

    O Ibovespa fechou em queda de 0,53%, aos 40.376,58 pontos. O giro financeiro somou R$ 3,29 bilhões, em sessão encurtada na volta do Carnaval, que teve início apenas às 13h.

    Os papéis preferenciais da Petrobras perderam 5,07%, cotados a R$ 4,31 e os ordinários tiveram queda de 4,22%, a R$ 6,12.

    Nos últimos dois pregões na Bolsa de Nova York, o ADR dos papéis ON da Petrobras caiu 7,7%. O ADR da ação PN cedeu 10,4%. Neste período, os preços do petróleo tiveram forte queda.

    Ainda sobre a estatal, um grupo internacional de entidades, investidores e escritórios de advocacia criou uma fundação com o objetivo de buscar ressarcimento para acionistas da Petrobras fora dos Estados Unidos que perderam dinheiro com ações da empresa em meio ao escândalo de corrupção. Eles ameaçam dar entrada em processo no tribunal de Roterdã, na Holanda.

    Fora do Ibovespa, as ações preferenciais da Gol recuaram 8,55%, a R$ 2,03. Pesou sobre os papéis a notícia publicada pela Folha de que a companhia aérea suspendeu a rota entre São Paulo e Caracas por não conseguir repatriar R$ 351 milhões bloqueados na Venezuela.

    EUROPA, ÁSIA E EUA

    As bolsas da Europa fecharam em alta, após o tombo dos últimos dias em função das incertezas em relação aos bancos europeus e ao crescimento da economia.

    O índice FTSEurofirst 300 subiu 1,78%, aos 1.241 pontos, após chegar a subir 2,9% mais cedo na sessão. Na véspera, o índice caiu 1,6%, para a mínima desde setembro de 2013.

    Em Wall Street, os índices acionários operaram boa parte do dia em alta, mas viraram no final do pregão. O Dow Jones fechou em queda de 0,62%, e o S&P 500 caiu 0,02%. A exceção foi o Nasdaq, que teve alta de 0,35%.

    O começo da semana foi marcado pelas persistentes preocupações com o crescimento econômico global e também pela situação de bancos na Europa, particularmente a do alemão Deustche Bank.

    Nesta quarta-feira, o quadro financeiro global ensaiou um alívio, incluindo a recuperação das ações do banco alemão após o 'Financial Times' noticiar que o Deustche Bank está considerando a recomprar de bilhões de euros de sua dívida.

    Na Ásia, os mercados chineses estão fechados esta semana em função das comemorações do Ano Novo Lunar. Na Bolsa de Tóquio, os investidores continuaram reagindo ao mau humor que tomou conta dos mercados globais na véspera. O índice Nikkei, que perdeu 5,4% nesta terça-feira (9), recuou 2,31% nesta quarta-feira.

    PETRÓLEO

    Os preços do petróleo internacionais operavam com sinais divergentes nesta quarta-feira. Após a queda de 7,7% da véspera, o Brent, negociado em Londres e referência no mercado internacional, subia 2,67% nesta quarta-feira, cotado a US$ 31,13 o barril. Nos Estados Unidos, o WTI recuava 1,07%, a US$ 27,64.

    A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) apontou para um excedente de oferta de petróleo maior do que o esperado no mercado mundial neste ano. Na terça-feira, relatório da Agência Internacional de Energia foi na mesma direção.

    DÓLAR

    No mercado de câmbio, o dólar à vista avançou 0,60%, a R$ 3,9278, e o dólar comercial teve alta de 0,63%, a R$ 3,9360. Os investidores ajustaram suas carteiras pós-Carnaval e depois que a presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, indicou que a autoridade monetária deve promover mais ajustes graduais na política monetária.

    Muitos operadores acreditavam que as turbulências globais poderiam levar o Fed a evitar aumentar os juros em breve. Essa perspectiva perdeu um pouco de força nesta sessão, com investidores enxergando em declarações de Yellen indicações de que o banco central não descartou a possibilidade de uma elevação em março.

    JUROS

    No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 caiu para 14,415%, de 14,560% na sexta-feira. O contrato para janeiro de 2021 também recuou, de 15,940% para 15,880%.

    O boletim Focus, do Banco Central, mostrou que a expectativa do mercado em torno da taxa básica de juros (Selic) foi mantida em 14,25% neste ano. Em 2017, o mercado revisou levemente para baixo, prevendo 12,96% nesta semana, ante 13% na anterior.

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