As Bolsas asiáticas caíram nesta quinta-feira (11), com os investidores buscando a segurança do iene, do ouro e de títulos com nota de crédito elevada, enquanto deixavam de lado o dólar apostando que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) pode não elevar os juros. Na Europa, ações bancárias e de mineradoras pressionam em baixa os mercados.

O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, teve queda de 1,76%.

A aversão ao risco pesou sobre a maioria das ações asiáticas, com Hong Kong —um dos principais canais para os investidores globais atuarem na China— caindo 3,85%. Os investidores de lá voltaram do feriado prolongando do Ano Novo Lunar. Os mercados no restante da China continuaram fechados.

Na quarta-feira, Wall Street fechou sem direção definida após a presidente do Fed, Janet Yellen, parecer otimista em relação à economia americana, apesar de reconhecer os riscos da turbulência do mercado e da desaceleração da China.

Analistas entenderam que uma alta dos juros em março é improvável, mas que mais aperto continua possível no decorrer do ano.

FECHAMENTO

Em Tóquio, o índice Nikkei não teve operações por causa de um feriado.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 3,85%, para 18.545 pontos.

Em Xangai, o índice SSEC não abriu para negócios.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, não teve negócios.

Em Seul, o índice Kospi teve desvalorização de 2,93%, para 1.861 pontos.

Em Taiwan, o índice Taiex não abriu para operações

Em Cingapura, o índice Straits Times desvalorizou-se 1,70%, para 2.538 pontos.

Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 avançou 0,95%, para 4.821 pontos.

EUROPA

Um dos principais índices acionários europeus atingiu seu menor nível em dois anos e meio nesta quinta, pressionado pelos novos tombos nas ações bancárias e de mineradoras, com o banco francês Société Générale caindo após resultados decepcionantes.

Às 8h22 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha queda de 3,32%, a 1.200 pontos, atingindo seu menor nível desde agosto de 2013.

O índice teve ganho de 1,8% na sessão anterior, quebrando uma sequência de sete dias seguidos de perdas. Mas uma queda de cerca de 11% até o momento em fevereiro coloca o índice a caminho de ter sua maior queda mensal desde 2008. Ele já acumula desvalorização de mais de 16% neste ano.

Os bancos caíam 5,8%, maior queda setorial. O setor já recuou mais de 10% nesta semana, com as preocupações sobre a rentabilidade em um ambiente de juros baixos e crescimento pequeno atingindo a confiança no setor.

A maior queda do setor era do Société Générale, que recuava mais de 14% após divulgar um crescimento menor do que o esperado no seu lucro líquido do quarto trimestre, atingido por um adicional de € 400 milhões para cobrir custos de litígio.

Entre as mineradoras, a Rio Tinto recuava 4,9% após a companhia registrar prejuízo anual e desfazer sua promessa de manter ou elevar seus dividendos anualmente, deste ano em diante, devido à perspectiva difícil.

O setor de matérias-primas caía cerca de 4,5%.

Em Londres, o índice FTSE-100 recuava 2,50%, para 5.530 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX caía 2,84%, para 8.760 pontos.

Em Paris, o índice CAC-40 perdia 3,73%, para 3.909 pontos.

Em Milão, o índice FTSE/MIB tinha desvalorização de 5,02%, para 15.879 pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 registrava baixa de 3,91%, para 7.824 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizava-se 2,89%, para 4.534 pontos.