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    Bolsa acompanha exterior e recua mais de 2%; dólar e juros sobem

    DE SÃO PAULO
    DA REUTERS

    11/02/2016 12h16

    Paulo Whitaker/Reuters
    People look at the stock quotation board on the floor of Brazil's BM&F Bovespa Stock Market in Sao Paulo August 24, 2015. Brazilian stocks plunged more than 5 percent to six-year lows during the first 15 minutes on Monday as concerns about the Chinese economy triggered a rout in global financial markets. Brazil's benchmark Bovespa stock index last traded 5.7 percent lower at 43,121, its lowest level since early 2009. REUTERS/Paulo Whitaker ORG XMIT: PW06
    Investidores observam o painel de cotações na BM&FBovespa

    A Bovespa opera com fortes perdas nesta quinta-feira (11), abaixo dos 40 mil pontos, pressionada pelo quadro externo desfavorável, enquanto dólar e juros futuros sobem.

    Quase todas as ações do índice estão em queda. A Bolsa acompanha o recuo nas principais Bolsas globais e commodities, diante de permanentes preocupações com a fragilidade da economia mundial.

    Às 12h18, o Ibovespa caía 2,48%, aos 39.376,93 pontos. As ações da Petrobras recuam, dando continuidade ao movimento desta quarta-feira (10). O papel PN (preferencial) perdia 2,55%, a R$ 4,20, enquanto o ON (ordinário, com direito a voto) recuava 2,94%, a R$ 5,94.

    No mercado internacional, os preços do petróleo se mantêm em queda, com o Brent perdendo 1,85%, a US$ 30,27 o barril, enquanto o WTI recua 2,95%, a US$ 26,64 o barril.

    As ações da mineradora Vale também têm forte desvalorização, com a ação PNA cedendo 3,23%, a R$ 7,48, e a ON caindo 2,94%, a R$ 9,90.

    Assim como nas Bolsas europeias, outro destaque de queda na Bovespa são os bancos. As ações PN do Itaú cedem 2,40%; Bradesco PN perde 2,02%; Santander unit, -2,42%; Banco do Brasil ON, -3,06%.

    "Os mercados parecem ainda céticos e não encontram sustentação nas recentes ações dos bancos centrais", observou a equipe de estratégia da Guide Investimentos.

    Na Europa, o índice acionário FTSEurofirst 300 perdia mais de 3%, pressionado particularmente por ações de bancos e mineradoras, em meio a novos resultados corporativos decepcionantes. As bolsas asiáticas também caíram.

    Wall Street também sinalizava uma abertura negativa, com o futuro do S&P 500 perdendo quase 2%. O índice MSCI para mercados emergentes recuava 2,3%.

    No cenário local, investidores continuavam preocupados com as perspectivas para a economia brasileira e a política fiscal. Previsto inicialmente para esta sexta-feira (12), o governo deve adiar para março o anúncio de corte de gastos do Orçamento da União. Investidores temem que esse contingenciamento possa ficar abaixo do esperado.

    "Investidores seguem céticos com relação ao ajuste necessário, e as propostas em discussão não parecem gerar maior confiança", escreveram analistas da Guide Investimentos.

    DÓLAR E JUROS

    O dólar opera em alta frente ao real nesta quinta-feira, refletindo o ambiente global de aversão a risco diante de nova queda dos preços do petróleo e persistentes preocupações com a economia global.

    Há pouco, a moeda americana à vista tinha alta de 1,02%, cotada a R$ 3,9678. O dólar comercial ganhava 0,86%, a R$ 3,9700.

    "Há medo de que a economia mundial volte a atravessar um período de fraqueza prolongado, o que faz o mercado se proteger no dólar", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

    Ele citou ainda a queda dos preços do petróleo nesta sessão, em meio ao excesso de oferta global e expectativas de fraqueza na demanda devido à desaceleração da economia mundial. O óleo vem oscilando próximo das mínimas em 12 anos nas últimas semanas, reduzindo a demanda por moedas ligadas a commodities, como o real.

    O mercado de juros futuros também opera em alta. O DI para janeiro de 2017 sobe para 14,450%, de 14,415% na véspera. O contrato para janeiro de 2021 avança para 16,050%, de 15,880%.

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