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    Avanço do petróleo anima mercados; Bolsa sobe 1% e dólar tem leve alta

    DE SÃO PAULO
    DA REUTERS

    12/02/2016 12h28

    O Ibovespa está em alta nesta sexta-feira (12), recuperando-se das perdas dos últimos dias e acompanhando as Bolsas europeias. A alta dos preços do petróleo anima os mercados. Apesar da melhora no cenário externo, o dólar avança levemente ante o real, influenciado pelas incertezas no mercado doméstico, mas os juros futuros operam com pequena queda.

    O principal índice da Bolsa paulista subia 1,16% por volta das 12h, aos 39.773,32 pontos. As ações preferenciais da Petrobras ganhavam 3,07%, a R$ 4,36 e as ordinárias (com direito a voto) avançavam 5,07%, a R$ 6,21.

    Em Nova York, o índice Dow Jones abriu em alta; há pouco, subia 0,70%; o Nasdaq ganhava 0,81%.

    A alta dos preços do petróleo ajudam as ações relacionadas a commodities e bancos a retomarem terreno.

    Declarações do ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail bin Mohammed al-Mazrouei, alimentaram expectativas de corte coordenado na produção de petróleo, elevando os preços da commodity nesta sessão. O Brent, negociado em Londres, tem alta de 4,86%, a US$ 31,52 o barril e o WTI, nos EUA, sobe 6,45%, a US$ 27,90 o barril.

    Nesta quinta-feira, os preços do petróleo nos Estados Unidos atingiram as mínimas em 12 anos.

    As Bolsas europeias recuperam parte das fortes perdas da sessão anterior, influenciadas ainda com os resultados positivos do Commerzbank.

    Às 12h04 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha alta de 2,42%, para 1.224,70 pontos, após fechar em queda de 3,7% na quinta-feira (11), quando um tombo dos bancos e das ações relacionadas a matérias-primas empurrou o índice para a mínima de dois anos e meio.

    Os bancos eram favorecidos pela alta de 14,88% do Commerzbank, que voltou a ter lucro no quarto trimestre. O índice de bancos STOXX 600 subia 2,43%.

    O PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro cresceu 1,5% em 2015, em linha com as estimativas de analistas. Entretanto, a queda da produção industrial em dezembro fez com que a expansão se desacelerasse no segundo semestre em relação ao primeiro, ampliando os argumentos por mais afrouxamento monetário.

    As Bolsas asiáticas, porém, caíram pela sexta sessão seguida nesta sexta-feira, ainda refletindo as quedas nos demais mercados na sessão de ontem.

    O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, teve queda de 0,63%.

    O índice Nikkei, do Japão, recuou 4,8% e atingiu o menor nível em 16 meses, fechando a semana com perdas de cerca de 11%, com a maioria dos investidores sendo pegos de surpresa nesta semana pela forte valorização do iene. Foi a pior semana desde a encerrada em 24 de outubro de 2008, quando o índice caiu 12,02%. As bolsas da China e Taiwan não funcionaram.

    DÓLAR E JUROS

    O dólar é negociado em leve alta frente ao real nesta sexta-feira, influenciado pela trégua na aversão a risco nos mercados externos ao fim de uma semana de fortes turbulências, embora persista a cautela em relação à saúde da economia global e às perspectivas fiscais no Brasil.

    Há pouco, o dólar à vista subia 0,16%, a R$ 3,9866, enquanto o dólar comercial ganhava 0,07%, a R$ 3,9860.

    No mercado de juros futuros, o contrato de DI para 2017 recua para 14,455%, ante 14,475% na véspera, enquanto o DI para 2021 cai de 16,120% para 16,080%.

    "Com a estabilização dos mercados de ações e do petróleo, a busca por ativos mais seguros perdeu força", escreveram analistas do banco Brown Brothers Harriman, em nota a clientes. Eles ressaltaram, porém, que a volta dos mercados chineses na segunda-feira, após feriado de uma semana, deve trazer novos elementos de incerteza.

    Temores de que a fraqueza na economia chinesa e o tombo dos preços do petróleo contaminem a economia global vêm reduzindo o apetite por ativos de maior risco e pressionando moedas emergentes, como o real.

    No cenário local, investidores permanecem apreensivos com as perspectivas fiscais no Brasil, após o governo adiar para março o anúncio do corte no Orçamento de 2016. Operadores não gostaram das sinalizações de que o contingenciamento será menor do que o promovido nos últimos anos, em meio à recessão econômica.

    "O mercado está sedento por mais informações sobre o ajuste fiscal. Há muitas incertezas e isso favorece a volatilidade", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

    "A meta de superávit primário, de 0,5% do PIB, deve ser revisada em breve. A equipe econômica tenta emplacar um ajuste mais lento e gradual, mas precisará contar com sustentação política para isso", escreveu a equipe de análise da Guide Investimentos. "Assim, o risco é que somente parte do ajuste proposto seja levado adiante, e as incertezas continuem."

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