• Mercado

    Friday, 03-May-2024 12:27:21 -03

    Quatro gigantes do petróleo concordam em congelar produção

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    16/02/2016 09h46

    Olya Morvan/AFP
    Esq. para dir.: ministros de Arábia Saudita, Qatar e da Rússia (segundo à direita) participam de coletiva
    Esq. para dir.: ministros de Arábia Saudita, Qatar e da Rússia (segundo da dir. para a esq.) em coletiva

    Os governos de Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Qatar decidiram nesta terça-feira (16) congelar a produção de petróleo nos níveis de janeiro, informou o ministro de Energia e Indústria do Qatar e presidente rotativo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Mohammed Bin Saleh Al-Sada.

    "A fim de estabilizar o mercado do petróleo, decidimos congelar a produção", afirmou, em entrevista coletiva realizada nesta terça em Doha, capital do Qatar.

    Os países disseram, porém, que o acordo depende da adesão de outros produtores de petróleo ao pacto. Al-Sada acrescentou que busca-se "uma medida que não só beneficiará os países produtores e exportadores de petróleo, mas a economia global".

    Para conseguir isso, o ministro do Qatar anunciou que liderará uma próxima rodada de contatos com países como Irã e Iraque.

    Em resposta, a agência de notícias do Ministério de Petróleo do Irã informou que o país não vai abrir mão de sua fatia apropriada no mercado global de petróleo.

    "O que é importante é que, primeiro, o mercado está enfrentando um excedente e, segundo, que o Irã não irá subestimar sua fatia", disse o ministro Bijan Zanganeh, segundo a agência oficial Shana.

    Ele também confirmou que vai se encontrar com seus colegas ministros da Venezuela e do Iraque em Teerã na quarta-feira (17).

    CONSENSO

    Na entrevista coletiva também estiveram presentes o ministro de Petróleo e Recursos Minerais saudita, Ali al-Naimi; o titular de Energia russo, Alexander Novak, e o ministro de Petróleo venezuelano, Eulogio del Pino.

    Em 28 de janeiro, quando Novak mostrou disposição de participar do encontro desta terça, antecipou que a Arábia Saudita tinha proposto uma corte da produção de 5%

    No entanto, ressaltou que antes de concordar com o corte, era necessário que todos os países produtores e exportadores chegassem a um "consenso" base.

    Em seu último relatório, de 10 de fevereiro, a Opep afirmou, citando fontes secundárias, que a produção de petróleo dentro da organização aumentou em janeiro em 131 mil barris por dia e alcançou uma média de 32,3 milhões de barris por dia.

    Antes do anúncio de Doha, a Opep havia informado em Viena que o barril de petróleo dos países da organização se valorizou 6,3% nesta terça e estava cotado a US$ 28,44.

    Com esse aumento, o petróleo da Opep mantém a tendência de alta dos dois últimos dias, nos quais já ganhou US$ 3 por barril.

    Ainda assim, o preço do barril de referência da Opep se mantém em seu menor nível em 12 anos, devido ao excesso de oferta de petróleo no mercado.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024