Os portos de Santos (SP) e de Itaqui (MA) receberão mais de R$ 430 milhões em investimentos do setor privado entre 2016 e 2018.

Nesta quinta-feira (25), o consórcio responsável pelo Tegram (Terminal de Grãos do Maranhão) vai anunciar investimento de R$ 130 milhões na segunda fase do projeto, que terá o início das obras antecipado para o segundo semestre deste ano.

O terminal entrou em operação há um ano e, pelo edital, o consórcio responsável teria cinco anos para duplicar a capacidade produtiva para 10 milhões de toneladas.

"Os resultados estão sendo tão favoráveis que decidimos antecipar as obras", diz Luiz Cláudio Santos, porta-voz do consórcio formado pelas tradings NovaAgri, Glencore, CGG, Amaggi e Louis Dreyfus Commodities.

Segundo ele, a segunda fase do projeto deve ficar pronta em janeiro de 2018.

Neste ano, o consórcio espera embarcar 4,5 milhões de toneladas de grãos, Em 2015, foram exportados 3,35 milhões de toneladas, acima da previsão de 2 milhões.

O porto de Itaqui é uma das saídas do chamado Arco Norte de exportação de grãos, uma alternativa para desafogar os portos do Sudeste.

No dia 31 de março, seis terminais portuários que também fazem parte do Arco Norte serão leiloados –um para fertilizantes e os demais para grãos, todos no Pará.

O ministro da Secretaria Geral dos Portos, Helder Barbalho, disse nesta quarta (24) que há investidores nacionais e estrangeiros interessados no leilão, mas não revelou quantas consultas foram apresentadas desde o lançamento do edital, em janeiro.

O governo acredita em sucesso do leilão, que permitirá o parcelamento do valor da outorga para atrair um maior número de interessados.

SANTOS

Barbalho também anunciou, em São Paulo, a assinatura de aditivo a contrato da Rumo Logística para operação no porto de Santos. Para ter a concessão renovada, que se encerraria no início de março, a empresa se comprometeu a investir R$ 308 milhões até o final de 2018.

Após a conclusão das obras, a capacidade de armazenamento de açúcar e de outros produtos de origem vegetal nos terminais da Rumo aumentará 47%, para 14,7 milhões de toneladas. Já a capacidade de embarques subirá 24%, para 16,7 milhões.