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    Após prejuízo histórico, Vale quer ampliar plano de venda de ativos

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    25/02/2016 15h42

    Avener Prado/Folhapress
    Fachada da mina Alegria, da Vale, que mandava lama à barragem que se rompeu no dia 5 na cidade de Mariana (MG)
    Fachada da mina Alegria, da Vale

    Depois de anunciar um prejuízo de R$ 44,213 bilhões em 2015, a Vale comunicou ao mercado a intenção de ampliar o seu plano de venda de ativos. A ideia é incluir empreendimentos considerados estratégicos nos segmentos de fertilizantes, níquel, cobre, carvão e minério de ferro.

    Até agora, a companhia se desfez apenas de negócios periféricos, como ouro, logística e navios. "A intenção daqui para a frente é avaliar oportunidades nos cinco negócios principais", disse o diretor financeiro da companhia, Luciano Siani, em teleconferência com a imprensa para explicar o resultado de 2015.

    Ele afirmou que ainda não há uma nova lista de ativos à venda, mas a empresa está aberta a ouvir propostas do mercado. "A Vale tem ativos de qualidade que, mesmo nas condições atuais do mercado, podem ser atrativos", comentou.

    O objetivo é reduzir a dívida da empresa, hoje em US$ 28,853 bilhões. O plano pode incluir ativos inteiros ou apenas participações. Siani descartou a possibilidade de emissão de ações da companhia.

    O diretor financeiro da Vale disse que a baixa no valor de ativos no ano passado, que foi uma das principais causas do prejuízo, segue tendência da indústria de mineração, que vem reavaliando o valor de suas operações diante da queda dos preços das commodities. Em 2015, a empresa reduziu o valor de seus ativos em R$ 36,280 bilhões.

    O executivo explicou ainda que a mineradora optou por não fazer nenhuma provisão por possíveis prejuízos com a remediação dos danos com a tragédia de Mariana (MG) por avaliar que ainda é cedo para saber qual será a participação das controladoras neste processo.

    PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS

    Siani confirmou que a Vale não planeja pagar participação nos lucros aos empregados este ano, embora trabalhadores de Minas Gerais venham realizando protestos para receber o benefício. Segundo ele, as metas que justificariam o pagamento não foram atingidas.

    Nas negociações salariais do ano passado, a companhia não deu reajuste aos seus funcionários.

    A companhia também não pretende pagar dividendos aos acionistas.

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