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    FGTS libera R$ 21,7 bilhões para financiamento da casa própria

    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    26/02/2016 13h21 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Ronny Santos/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 25-04-2015 FEIRAO CAIXA DA CASA PROPRIA - Caixa Economica Federal realiza o feirao da casa propria no pavilhao de exposicoes do Anhembi. (Foto: Ronny Santos/Folhapress), AGO-CIDADES ***EXCLUSIVO AGORA *** EMBARGADA PARA VEICULOS ONLINE *** UOL E FOLHA.COM CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA *** FOLHAPRESS CONSULTA FOTOGRAFIA AGORA *** FONES 3224 2169 * 3224 3342 ***
    Feirão da casa própria realizado pela Caixa em 2015

    O Conselho do Fundo de Garantia (FGTS) liberou R$ 21,7 bilhões a mais para aumentar as linhas de financiamento para a compra da casa própria.

    Os recursos vão para linhas que vão beneficiar principalmente a construção de imóveis novos e para financiar imóveis de trabalhadores com conta no Fundo.

    O aumento dos recursos do FGTS para o crédito imobiliário deverá compensar as perdas que essas linhas de financiamento tiveram a partir do ano passado com a redução dos depósitos da caderneta de poupança. Uma parte do que é depositado na poupança é canalizada para financiar a construção e a compra de imóveis.

    O ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto, afirmou que o aumento em quase 25% do orçamento total do fundo será "uma contribuição importante" para a oferta de crédito e a geração de empregos no país, prevendo que os recursos novos nas linhas podem gerar a construção de 140 mil imóveis.

    Os novos recursos liberados pelo FGTS são de duas linhas de crédito. Serão R$ 11,7 bilhões para aumentar o financiamento direto aos compradores de imóveis, sendo que a maior parte, R$ 8,2 bilhões, vão ser usados na chamada linha Pró-Cotista.

    Essa linha de crédito é para imóveis até R$ 400 mil em todo o país, sendo que o trabalhador tem que ter conta no Fundo. A taxa de juros fica em torno de 8% ao ano mais TR (Taxa Referencial).

    Outra parte do dinheiro será usada pelos bancos para comprar as chamadas CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários). Nesse caso, os bancos captam o recurso no Fundo, remunerando-o a 7,5% ao ano, e podem comprar essas certificados, emitidos pelas construtoras, sobre o qual exigem juros maiores.

    As construtoras usam esses recursos para construir imóveis novos, mas também podem usá-los para financiar a compra de imóveis já construídos.

    Segundo o secretário-executivo do FGTS, Quenio Cerqueira, os R$ 10 bilhões para a compra de CRI é o maior orçamento que essa linha já teve do FTGS e serão distribuídos na medida dos pedidos.

    Caso o valor pedido seja maior que o orçamento, ele será distribuído na proporção que os bancos têm de participação no financiamento imobiliário. Bancos privados reclamaram da regra alegando que a Caixa, que tem cerca de 2/3 desse mercado, ficaria com a maior parte.

    "Não há benefício para A ou B. Essa é a regra do fundo", explicou Quenio.

    CONSIGNADO

    O Secretário do FGTS explicou também que os conselheiros seriam informados sobre o andamento da Medida Provisória feita pelo governo para permitir que os trabalhadores deem como garantia para empréstimos consignado recursos que estão depositados no Fundo. O Congresso ainda não analisou o pedido.

    Segundo ele, não caberá ao conselho decidir sobre isso já que é necessária alteração na lei para permitir e que, por isso, os conselheiros foram apenas informados sobre o andamento e os benefícios da medida.

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