• Mercado

    Saturday, 18-May-2024 00:50:38 -03

    Fundo aposta em mundo de taxas de juros negativas

    DO "FINANCIAL TIMES"

    29/02/2016 02h00

    Toru Hanai /Reuters
    Painel mostra índices de vários países do mercado de ações em corretora em Tóquio, Japão
    Painel mostra índices de vários países do mercado de ações em corretora em Tóquio, Japão

    Alberto Gallo, antigo estrategista de crédito do Royal Bank of Scotland, deixou o banco e aceitou emprego na Algebris com o objetivo de expandir o foco da gestora de recursos, que tem US$ 3 bilhões em carteiras de investimento. A estratégia é lançar um fundo para um mundo de taxas de juros negativas.

    A decisão de tirar vantagem dos problemas que seguradoras e fundos de pensão enfrentam diante de rendimentos muito baixos ou negativos para os títulos revela tanto a escala do desafio quanto o mau desempenho de muitos fundos existentes.

    Do total de € 6,6 trilhões em títulos de governos europeus em circulação, cerca de € 1,5 trilhão está sendo negociado abaixo da taxa de depósito [de -0,3%], o que representa 23% do total de títulos. Mais € 1 trilhão em títulos está sendo vendido e comprado entre -0,3% e 0%, segundo Peter Gove, estrategista de taxas de juros.

    Os títulos do governo alemão com vencimento em até 104 meses são negociados com rendimento negativo, o que significa que os futuros pagamentos de cupons e o pagamento do principal no vencimento ficarão abaixo do valor de mercado do título.

    O Citigroup calcula que dois quintos dos títulos de governos europeus estejam sendo comprados e vendidos com rendimentos negativos.

    Muitos investidores responderam à queda nas taxas de juros dos últimos anos deixando de lado os títulos públicos, nos quais a probabilidade de calote é mínima, e investindo em títulos de maior risco, como os títulos de crédito corporativo e títulos públicos de países emergentes.

    Assim, os fundos de hedge tiveram um começo de ano difícil, perdendo dinheiro de seus investidores em janeiro, o que vem depois de diversos anos de mau desempenho.

    A Algebris quer aproveitar esse momento. A gestora reforçará sua aposta nos títulos prejudicados pela onda de vendas, abocanhando papéis de risco que oferecem rendimento superior a 12%.

    Tradução de PAULO MIGLIACCI

    Edição impressa
    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024