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    Aerolíneas suspende rota para Brasília e deve priorizar São Paulo e Rio

    LUCIANA DYNIEWICZ
    DE BUENOS AIRES

    05/03/2016 02h00

    Pedro Ladeira - 6.jul.2015/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 06-07-2015, 12h00: BRASIL QUE DÁ CERTO. Aeroporto internacional de Brasília. O aeroporto foi concedido para a empresa Inframérica e teve seus serviços e atendimentos melhorados. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, MERCADO) ***ESPECIAL*** ***EXCLUSIVA*** Brasil Infra
    Avião aterrissa na pista do aeroporto de Brasília; empresa argentina cancelou voos à cidade

    A empresa Aerolíneas Argentinas deixará de voar para Brasília a partir de 1º de abril. Hoje, a estatal tem seis frequências semanais de Buenos Aires para a capital brasileira.

    O destino não era rentável, de acordo com a companhia. Para compensar o fim da rota, os assentos em voos para o Rio de Janeiro e para São Paulo deverão aumentar.

    As mudanças são parte da reformulação feita pela nova presidente da companhia, a brasileira Isela Costantini. Sem as alterações previstas, a projeção era de um deficit de US$ 1 bilhão para 2016, de acordo com cálculos feitos no começo deste ano.

    Em entrevista recente à Folha, a executiva afirmou que analisaria todos os destinos da empresa e excluiria os que tivessem baixa ocupação.

    Os voos entre as cidades argentinas Comodoro Rivadavia e Río Gallegos, ambas na região da Patagônia, no sul do país, também foram cancelados.

    Durante o governo de Cristina Kirchner, o número de localidades atendidas pela estatal foi ampliado para ligar as províncias argentinas. Municípios pouco atraentes do ponto de vista comercial recebiam voos garantidos por subsídios.

    Costantini deverá apresentar no próximos dias o plano de reestruturação para o presidente argentino, Mauricio Macri. À Folha ela disse que a empresa aérea continuará tendo um objetivo social, mas que não poderá mais perder dinheiro.

    O anúncio foi feito em um momento de grave crise no setor aéreo brasileiro.

    Em 2015, houve queda de 15% de movimento de passageiros nos aeroportos administrados pela Infraero. A situação levou o governo a alterar a lei que regula as aéreas nesta semana, permitindo maior participação de capital estrangeiro no setor.

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