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    Lucro da Caixa cresce 0,9% em 2015, menor avanço entre os grandes bancos

    TÁSSIA KASTNER
    DE SÃO PAULO

    08/03/2016 10h33

    Samuel Costa/Folhapress
    Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 7,2 bilhões em 2015
    Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 7,2 bilhões em 2015

    A Caixa registrou lucro líquido de R$ 7,2 bilhões em 2015, crescimento de 0,9% na comparação com 2014. É o menor avanço do lucro entre os grandes bancos brasileiros no último ano.

    Como comparação, o lucro do Banco do Brasil cresceu 28% no ano passado, enquanto o do Bradesco avançou 13,9% e o do Itaú Unibanco teve expansão de 15,4%.

    A carteira de crédito avançou 11,9%, para R$ 679,5 bilhões. O crédito habitacional ainda registrou crescimento de 13%, para R$ 384,2 bilhões.

    Os novos contratos de financiamento imobiliário somaram R$ 91,1 bilhões, dos quais R$ 55,5 bilhões vieram de recursos do FGTS. Os financiamentos com recursos da poupança somaram R$ 34,8 bilhões.

    Apesar dos saques registrados na caderneta de poupança em 2015, ano que terminou com captação negativa de R$ 53,6 bilhões, a Caixa informou ter registrado saldo de R$ 141,1 bilhões, alta de 1,9%.

    O custo de captação da Caixa cresceu 43% em 2015, para R$ 103,43 bilhões. Segundo Márcio Percival Alves Pinto, vice-presidente de finanças, o aumento dos juros no último ano e a mudança no funding do banco, com a fuga dos poupadores da caderneta, afetaram negativamente a captação.

    A participação da poupança na captação do banco caiu de 43%, no final de 2014, para 39% no último trimestre do ano passado. Já a participação da captação por LCI (Letra de Crédito Imobiliário), mais cara que a poupança, subiu de 16% para 18%.

    A despesa com provisão para devedores duvidosos subiu 49,4%, para R$ 19,657 bilhões. Alves Pinto avalia que, do montante, até R$ 2,5 bilhões são provisões "por questões prudenciais", maiores que o necessário.

    Segundo Alves Pinto, a previsão extraordinária para devedores duvidosos também está relacionada a Petrobras, Sete Brasil e ao cenário macroeconômico.

    A inadimplência acima de 90 dias foi de 3,55%, aumento de 1 ponto porcentual no ano. A inadimplência cresceu nos segmentos para pessoa física e para micro e pequenas empresas. Ele previu que o pico de calote deve ocorrer no primeiro semestre deste ano e os atrasos superiores a 90 dias devem ir a 3,8%.

    Folhainvest

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