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    Presidente do IBGE vai liderar comissão de estatística da ONU

    MARIANA CARNEIRO
    DE SÃO PAULO

    09/03/2016 02h00

    Eduardo Naddar
    A presidente do IBGE, Wasmália Bivar; ela irá presidir a Comissão de Estatísticas das Nações Unidas
    A presidente do IBGE, Wasmália Bivar; ela irá presidir a Comissão de Estatísticas das Nações Unidas

    O Brasil vai presidir, pela primeira vez, a Comissão de Estatísticas das Nações Unidas, criada em 1947 com o objetivo de unificar a forma como os países produzem seus dados econômicos e sociais.

    A presidente do IBGE, Wasmália Bivar, foi eleita para o cargo nesta terça (8), em Nova York, e terá como primeira missão a elaboração de indicadores de sustentabilidade, para medir o engajamento dos países às novas metas das Nações Unidas, que devem ser cumpridas até 2030.

    Entre os indicadores que estão no forno, segundo Wasmália, está um que refinará o conceito de extrema pobreza.

    Atualmente, os países usam como referência a métrica do Banco Mundial, que classifica como miserável os que vivem com menos de US$ 1 (R$ 3,76) por dia.

    Mas a régua é criticada por especialistas, que a consideram pouco precisa para delimitar a pobreza.

    Segundo Wasmália disse à Folha, a comissão trabalha em 231 indicadores, entre os quais um que buscará medir a poluição dos mares.

    Wasmália atribui sua eleição –ela será a primeira mulher latino-americana a ocupar a função– ao trabalho do IBGE, que dirige desde o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Ela acumulará as duas funções.

    "As estatísticas brasileiras são reconhecidas pelos que fazem uso de dados do país e internacionais. Estamos em uma posição privilegiada."

    COBERTOR CURTO

    Isso, no entanto, não a livra de cortes orçamentários. O IBGE cancelou a Contagem Populacional, que iria a campo neste ano, e não deverá ocorrer até o Censo de 2020.

    Embora o IBGE tenha convocado concurso para a contratação de pessoal para o Censo Agropecuário, marcado para o segundo semestre, Wasmália disse que precisa consultar o Ministério do Planejamento para saber se a programação será mantida, após o corte de R$ 24 bilhões anunciado pelo governo. O instituto previa contratar 82 mil pessoas para o trabalho.

    "Estamos conversando com o ministério, ainda não está fechado o programa de trabalho do IBGE no curto e médio prazo", disse.

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