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    Lançamento de imóveis residenciais recua 37% em 2015 na Grande SP

    WÁLTER NUNES
    DE SÃO PAULO

    09/03/2016 12h02

    Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
    Fotos Públicas. Os preços dos imóveis em 20 cidades brasileiras subiram abaixo da inflação pelo quarto mês seguido, configurando uma nova queda real de preços, apontou o Índice FipeZap de abril. aluguel, imóveis
    Lançamento de imóveis residenciais caiu 37% na Grande São Paulo em 2015

    O lançamento de imóveis residenciais caiu 37% na região metropolitana de São Paulo em 2015 na comparação com o ano anterior, atingindo 35.162 unidades, de acordo com os dados do Secovi-SP, entidade que representa o setor imobiliário, divulgados nesta quarta-feira (9).

    O recuo é semelhante ao registrado nas cidades do interior do Estado (36%), que juntas lançaram 13.717 imóveis no período.

    Já a venda de imóveis novos caiu 20% na Grande São Paulo, com a comercialização de 33.166 unidades residenciais em 2015. Nas outras cidades do Estado, que totalizaram 13.018 unidades, a queda foi ainda maior (34%).

    Lançamento de imóveis - Por número de unidades, por ano

    "Do total vendido, a grande maioria, 77%, é de imóveis de até dois dormitórios que custam entre R$ 250 mil e R$ 500 mil", diz Flávio Amary presidente do Secovi-SP. Segundo o executivo, cada vez menos se vê pessoas trocando sua moradia por uma outra melhor. O mercado está basicamente sendo movimentado por compradores de primeira viagem, como recém-casados e pessoas saídas da faculdade, que procuram imóveis menores e em bairros mais afastados.

    Em 2014, 51,9% das unidades lançadas na cidade de São Paulo eram vendidas nos primeiros doze meses. No ano passado esse número caiu para 41,5%. O valor global de vendas despencou de R$ 12,8 bilhões em 2014 para R$ 9,9 bilhões em 2015, uma queda de 22,8%. A inadimplência no segmento continua baixa, mas passou de 1,4% em 2014 para 1,9% no ano passado.

    Vendas de imóveis - Por número de unidades, por ano

    Diante da crise econômica e política e do quadro de incertezas, os dirigentes da Secovi-SP evitaram fazer previsões para este ano. "A nossa previsão é não ter previsão. Se a situação do país não piorar, o cenário de 2016 pode ser parecido com o de 2015. Mas se piorar o mercado imobiliário pode piorar junto", disse o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.

    Mesmo a notícia de que a Caixa Econômica Federal aumentou de 50% para 70% a fatia do imóvel usado que pode ser financiada foi vista com ressalvas. "É uma medida importante, mas é importante também aumentar o nível de confiança que faz com que as pessoas decidam comprar um imóvel. As pessoas precisam ter confiança no emprego e na renda", disse Flávio Amary.

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