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    Ministro Nelson Barbosa reforça necessidade de reforma previdenciária

    DE SÃO PAULO

    11/03/2016 16h40

    No mesmo dia em que a presidente Dilma Rousseff reconheceu a possibilidade de ser adiado para o segundo semestre o envio ao Congresso da proposta de reforma previdenciária, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, voltou a reforçar a necessidade de se "preservar o nosso sistema de Previdência".

    Após reunião com empresários em São Paulo nesta sexta-feira (11), Barbosa afirmou que tem conversado com PT, PMDB e todos os partidos.

    Nas palavras do ministro, "há uma concordância de que é preciso discutir vários temas, incluindo a questão previdenciária". Ele mitigou as divergências após ser questionado sobre a resistência do PT em abraçar a reforma da Previdência.

    "É mais uma discussão de qual é a melhor estratégia política de construção dessa proposta do que uma discordância de mérito. Todos concordam que é preciso preservar o nosso sistema de previdência e essa preservação envolve adotar algumas medidas", disse.

    Barbosa ressalvou, entretanto, que há uma discussão em torno do momento ideal para apresentar tais medidas.

    "Eu acho que é importante apresentar isso depois da conclusão das discussões do fórum da Previdência, que está em andamento, que foi um compromisso que a presidente já tinha anunciado no final do ano passado."

    O ministro se mostrou otimista sobre a possibilidade de aprovar as medidas, apesar da crise política instalada no governo Dilma.

    "Nos momentos que o governo apresentou propostas, o Congresso sempre se dispôs a discuti-las. E até agora tem aprovado as propostas na direção apresentada pelo governo. Sempre tem mudanças aqui e ali de intensidade. Mas no ano passado, as reformas que nós encaminhamos ao Congresso foram aprovadas, com mudanças em alguns pontos, mas foram aprovadas. Eu creio que o mesmo pode acontecer esse ano."

    Em entrevista à imprensa mais cedo, a presidente Dilma Rousseff havia dito que o governo tem estudado a possibilidade de envio no primeiro ou no segundo semestre. No mês passado, a intenção era enviá-la até o final de abril.

    Com as resistências de partidos da base aliada, como PT e PDT, a presidente avalia deixar a mudança para o final do ano, sobretudo diante da possibilidade de abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados.

    A informação de que a petista estuda adiar a reforma previdenciária foi antecipada na semana passada pela Folha.

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