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    Índios impedem saída da aldeia de quatro trabalhadores de Belo Monte

    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    14/03/2016 10h31

    Quatro pessoas contratadas pela Norte Energia, empresa responsável pela construção da Usina de Belo Monte (PA), foram retidas dentro de uma aldeia indígena na Região de Curuaia, próximo ao Rio Curuá.

    De acordo com comunicado da empresa, dois fiscais de obra, um agente de segurança de trabalho e o piloto de uma aeronave, todos contratados pela companhia, foram à Aldeia Curuatxé no dia 10 de março para inspecionar obras realizadas pela Norte Energia como compensação ambiental pela construção da usina. Os nomes não foram informados.

    Segundo a Norte Energia, os índios impediram a equipe de deixar o local.

    "A aldeia Curuatxé possui cerca de 50 habitantes e, embora esteja a mais de 400 km das obras da usina, no Rio Curuá, é atendida pelos projetos da Norte Energia voltados exclusivamente aos povos tradicionais do Médio Xingu, na região do empreendimento", informa a Norte Energia, dizendo que comunicou a ocorrência à Funai e à Polícia Federal.

    Para obter a licença ambiental, a Norte Energia foi obrigada a implantar um conjunto de melhorias nas áreas indígenas que seriam afetadas pela construção da hidrelétrica. Entre melhorias nas cidades e nas áreas indígenas, os gastos estimados seriam de R$ 4 bilhões.

    Mas o programa indígena sofreu muitas críticas por pagar mesada aos chefes indígenas, causando desagregação nas aldeias. Chamado de Plano Emergencial, ele vigorou até 2012, e algumas aldeias chegaram a receber R$ 30 mil mensais em produtos, entre eles picapes, televisões entre outros.

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