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    Fundos de pensão afirmam que suas decisões seguem alto padrão técnico

    RAQUEL LANDIM
    DAVID FRIEDLANDER
    JULIO WIZIACK
    DE SÃO PAULO

    20/03/2016 02h00

    As diretorias de Previ, Petros e Funcef negaram qualquer interferência política nas decisões de investimento e ressaltaram que tudo é feito de acordo com altos padrões técnicos e de governança.

    Os fundos reconhecem perdas em Sete Brasil, Oi, Invepar e em alguns FIPs (fundos de investimento em participações), além de dificuldades na usina de Belo Monte.

    Entretanto, as diretorias afirmam que as perspectivas dos negócios eram positivas na época dos investimentos.

    A Petros ressaltou que "determinados projetos demandam um período inicial de aplicação de recursos na fase pré-operacional, mas que os investidores têm retorno depois que as empresas começam a produzir".

    O fundo dos funcionários da Petrobras informou, no entanto, que, "de qualquer maneira, dada a atual conjuntura econômica, não considera novas aplicações em investimentos estruturados", como a Sete Brasil.

    De maneira geral, os fundos atribuem os expressivos deficit de 2015 à depreciação de suas ações, por causa da queda da Bolsa brasileira, e ao aumento da inflação, que reajusta seus compromissos com os pensionistas.

    A Previ ressalta que o deficit de R$ 16 bilhões em 2015 não representa prejuízo, porque os ativos não foram vendidos. Em relação a Sete Brasil, a entidade frisa que investiu R$ 180 milhões, porque não acompanhou um aumento de capital, e que já fez provisionamento.

    QUEDA DAS AÇÕES

    Segundo a Funcef, o deficit de R$ 13,2 bilhões no ano passado foi provocado pela queda das ações da Vale e do Ibovespa. Entre 2011 e 2015, sua fatia na mineradora perdeu 50,42% do valor.

    A fundação também informa que provisionou perdas com a Sete Brasil e a OAS, respectivamente, de R$ 1,7 bilhão e R$ 170 milhões. A Funcef diz que estuda ações cabíveis contra a Sete, inclusive no campo penal.

    A Petros não informou o seu resultado financeiro do ano passado, porque seu balanço não foi finalizado, mas reconheceu que "dados preliminares apontam que ele será fortemente impactado pelo cenário econômico adverso".

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