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    Brasil precisa enfrentar crise para reparar economia, diz diretor da OMC

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    29/03/2016 11h27

    O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Roberto Azevêdo, avaliou nesta terça-feira (29) que quanto mais rápido o Brasil conseguir enfrentar a sua crise política e conseguir "sair desse momento de turbulência" melhor será para a retomada do crescimento da economia do país.

    "A economia de qualquer país não existe em um vácuo. Ela existe em uma relação entre momento econômico e momento político. [...] O que é claro e evidente é que a estabilidade política é um componente importante para o crescimento econômico. Então, quanto mais rápido o Brasil sair desse momento de turbulência e de instabilidade, melhor para a economia e melhor para o país de forma geral", disse.

    Ele se reuniu nesta manhã com a presidente Dilma Rousseff, de quem recebeu a ratificação do governo brasileiro ao acordo de facilitação de comércio exterior de Bali, assinado na Indonésia em 2013. De acordo com Azevêdo, o instrumento reduzirá custos de importação e exportação em todo o mundo em até 14,5% do que é gasto hoje em dia.

    "Em termos globais, estimamos que o acordo eleve o comércio mundial em US$ 1 trilhão. A maior parte disso irá para os países em desenvolvimento e suas exportações deverão aumentar em torno de US$ 730 bilhões", explicou. De acordo com o diretor, a elevação representa quase 10% do que é atualmente comercializado entre todos os países do mundo.

    O Brasil é o 72º país membro da OMC a ratificar o acordo. Segundo Azêvedo, ele entrará em vigor quando 108 nações aprovarem a medida. Segundo a organização, as novas regras só podem valer quando dois terços de todos os 162 membros da OMC assinarem a medida. De acordo com o diretor, não há estimativa de prazo para isso acontecer.

    "Estamos chegando a um momento em que a maioria dos países está concluindo esse processo interno de trâmite no Parlamento, no Congresso e no Executivo. Os trâmites são muito diferentes e demandam tempos diferentes. Estamos em um momento agora que vamos receber mais instrumentos. Em todo lugar em que eu passo, tenho recebido mensagens de que estão finalizando", disse.

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