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    Israel vive onda de start-ups concentradas na área de transporte

    DO "FINANCIAL TIMES"

    03/04/2016 02h00

    The New York Times
    Sistema da Mobileye, de orientação a veículos autoguiados

    Quando as empresas iniciantes de tecnologia de Israel lidam com problemas de transporte, elas pensam menos sobre o percurso de casa para o trabalho e mais sobre como dominar o planeta.

    Em 2013, o Waze, o popular app israelense de navegação, foi adquirido pelo Google por US$ 1,1 bilhão.

    Já a também israelense Mobileye, maior provedora mundial de tecnologia de orientação a veículos autoguiados, anunciou recentemente acordos com Renault Nissan, Volkswagen e GM, para produzir os mapas digitais de que carros autoguiados necessitam para se orientar.

    O sucesso de Waze e Mobileye estimulou uma onda de criação de empresas concentradas no transporte, em Israel. O que as destaca são suas ambições, de longo prazo e com alcance mundial.

    Um exemplo é a Argus, uma start-up criada em 2013 e que está desenvolvendo projetos de segurança cibernética para a indústria automotiva.

    A empresa acredita que a ascensão dos carros conectados –veículos com internet e capacidade de se comunicar com outros aparelhos– também resultará em tentativas de hackers de tomar o controle de funções nesses veículos.

    Ofer Ben Noon, presidente-executivo e cofundador da Argus, diz que o objetivo último da companhia é se tornar um dos maiores provedores de segurança cibernética para o setor automotivo.

    Há planos ainda mais grandiosos. Em Tel Aviv, a SkyTran está criando o que pode vir a ser o futuro do transporte coletivo. Ela está desenvolvendo um sistema de cápsulas em padrão monotrilho, cada qual com capacidade para duas pessoas, operando por levitação magnética, ou maglev, em trilhos suspensos.

    É um conceito futurista que vê passageiros viajando pela cidade em bolhas suspensas, e a velocidades de 240 km/h. Um trilho para testes está sendo construído e pode estar pronto no fim deste ano.

    O foco no transporte pode ter surgido das dificuldades locais de deslocamento, diz Nir Erez, presidente-executivo da Moovit (app de mobilidade urbana). "Vivemos cercados de países que não necessariamente permitam que dirijamos veículos em seus territórios. A única maneira de chegar a eles é de avião. Todos sonhamos com maneiras de tornar mais simples os nossos meios de transporte."

    Tradução de PAULO MIGLIACCI

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