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    Rival do Bitcoin ganha a atenção da Microsoft e da IBM

    DO "NEW YORK TIMES"

    10/04/2016 02h00

    Jewel Samad/AFP
    People walk past a Microsoft office in New York on October 6, 2015. Microsoft introduced a pair of big-screen smartphones and a laptop during an event in New York on Tuesday. The company unveiled the Surface Book, a laptop with 13.5-inch detachable touchscreen, the Surface Pro 4 tablet and the Lumia 950 and 950 XL smartphones, which feature displays measuring over 5 inches. The Surface devices launch later this month, while the Lumias arrive in November. AFP PHOTO/JEWEL SAMAD ORG XMIT: JS3057
    A Microsoft foi uma das empresas que se interessaram pelo Ethereum, conhecido como "bitcoin 2.0"

    No momento em que o bitcoin enfrenta dificuldades, por causa de divisões internas, uma moeda virtual rival –conhecida como Ethereum– teve uma disparada de valor, com alta de 1.000% nos três últimos meses.

    Mas, além do pico de preços, o Ethereum também está atraindo a atenção dos gigantes das finanças e tecnologia, como o JPMorgan Chase, a Microsoft e a IBM, que vêm descrevendo a moeda como uma espécie de bitcoin 2.0.

    A ascensão da moeda virtual nova foi ajudada por uma batalha dentro da comunidade do bitcoin, sobre como o software básico da moeda deveria ser desenvolvido.

    As disputas tornaram mais lentas as transações com bitcoins e levaram algumas pessoas a buscar moedas virtuais alternativas a fim de levar adiante os seus negócios.

    Como o bitcoin, o sistema do Ethereum se baseia em um registro permanente, conhecido como blockchain, no qual todas as transações são publicamente anotadas.

    A promessa do sistema é permitir a troca de dinheiro e ativos com mais rapidez e a custo mais baixo do que seria possível se a transação envolvesse uma longa cadeia de intermediários.

    Mas o Ethereum também conquistou fãs com sua promessa de fazer muito mais que o bitcoin. Além da moeda virtual, o software oferece uma maneira de criar mercados on-line e transações programadas conhecidas como contratos inteligentes.

    O sistema é complicado o bastante para que mesmo as pessoas que o conhecem bem encontrem dificuldade para descrevê-lo em termos cotidianos. Mas um aplicativo que está em desenvolvimento permitiria que agricultores vendessem seu produto diretamente aos consumidores e recebessem pagamento destes diretamente.

    Esse trabalho está em estágio inicial. A primeira versão plenamente pública do software Ethereum foi lançada recentemente, e o sistema pode enfrentar alguns dos mesmos problemas técnicos e legais que macularam o bitcoin.

    Muitos dos proponentes do bitcoin dizem que o Ethereum enfrentará mais problemas de segurança do que o rival, por causa da maior complexidade do software. Até agora, o Ethereum passou por muito menos testes e ainda menos ataques que o bitcoin.

    O design inovador do Ethereum também pode atrair intenso escrutínio das autoridades, dada a possibilidade de contratos fraudulentos, como os esquemas de pirâmide, que podem ser inscritos diretamente no sistema.

    Mas as capacidades sofisticadas do sistema também o tornaram fascinante para alguns executivos de grandes empresas americanas. A IBM anunciou em 2015 que estava experimentando o Ethereum como forma de controlar objetos no mundo real, na chamada internet das coisas.

    A Microsoft vem trabalhando em diversos projetos que tornam mais fácil usar o Ethereum em seu sistema de computação em nuvem, o Azure.

    "O Ethereum é uma plataforma com a qual você pode resolver problemas de muitos setores por meio de uma solução muito elegante –a mais elegante que vimos até hoje", disse Marley Gray, diretor de desenvolvimento de negócios e de estratégia na Microsoft.

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