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    Analistas veem dólar entre R$ 3,20 e R$ 3,30

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    15/04/2016 02h00

    Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas
    Com queda do petróleo, dólar opera em alta nesta quarta-feira fotos públicas e dolar
    A expectativa de analistas é de que dólar recue para R$ 3,20 ou R$ 3,30

    A maior probabilidade de aprovação do impeachment de Dilma Rousseff intensificou a aposta de grandes investidores de que o dólar continuará em queda livre.

    Nesta quinta (14), a moeda voltou a fechar em baixa, apesar de novas intervenções bilionárias no sentido de tentar conter a queda da moeda, feitas pelo Banco Central.

    O dólar comercial recuou 0,02%, para R$ 3,4760, e o dólar à vista, cujas negociações terminam mais cedo, terminou o dia em queda de 0,60%, a R$ 3,5152.

    Até quarta-feira (13), o movimento de recuo do dólar era principalmente ditado pelo cancelamento de posições de fundos que, até então, não acreditavam na queda da moeda americana.

    Com o aumento da probabilidade de impeachment da presidente Dilma, nos últimos dias, eles se apressaram em se desfazer de operações de compra de dólar, contratadas no mercado futuro, que tinham como referência uma cotação mais alta da moeda americana, acima de R$ 3,80.

    Cotação do dólar comercial, em R$ - Ação do BC mantém dólar quase estável

    Segundo gestores, porém, nesta quinta começou um fluxo diferente, de aposta em uma queda ainda mais forte da moeda americana.

    Analistas e investidores já acreditam que a cotação pode recuar para algo entre R$ 3,20 e R$ 3,30 na próxima semana caso o impedimento da presidente passe na Câmara dos Deputados.

    O mercado vê com bons olhos a saída de Dilma. A avaliação corrente é que isso poderia colocar um ponto final no impasse político que paralisou a economia e aprofundou a recessão.

    A nova atuação do BC freou a queda do dólar, mas novamente não impediu que a moeda americana recuasse.

    A autoridade monetária realizou três leilões de swap reverso –que equivalem a compra de dólar no mercado futuro–, em um total de US$ 6 bilhões. Em três dias, o BC "comprou" o equivalente a US$ 19,3 bilhões.

    Mas operadores acreditam que a pressão do mercado é mais forte e vai prevalecer.

    ÍNDICE IBOVESPA, EM PONTOS - Ação do BC mantém dólar quase estável, enquanto Bolsa teve queda nesta quinta

    "Ainda há muitas posições compradas [operações em que se acredita na alta do dólar] sendo desfeitas, e, como amanhã [sexta, 15] é o último dia útil antes da votação do impeachment na Câmara, a pressão vendedora está muito forte", diz Ítalo Santos, especialista em câmbio da corretora Icap.

    "Se o impeachment passar na Câmara, o dólar pode chegar ao patamar de R$ 3,30, então o BC deve atuar ainda mais no câmbio, diz.

    O Ibovespa chegou a subir na parte da manhã, mas terminou em baixa de 1,39%, com os investidores embolsando os lucros de altas recentes. O principal índice da Bolsa foi influenciado ainda pelo cenário externo desfavorável, afetado pela queda dos preços das commodities.

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