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    Empresas oferecem pacotes para aluguel de brinquedos

    BÁRBARA LIBÓRIO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    17/04/2016 01h00

    Wagner Heilman guardou por dois anos um brinquedo de seu primogênito, Gustavo, pensando em reaproveitá-lo caso tivesse mais um filho.

    Quando Gabriela nasceu, em 2009, ela usou o brinquedo por apenas uma semana.

    "Comecei a procurar um serviço de aluguel, para diminuir o espaço ocupado", conta Heilman. Ele não achou o serviço, mas descobriu que havia negócios do tipo fora do país. Entrou em contato com as empresas estrangeiras, montou um plano de negócios e, em abril de 2010, abriu o Clube do Brinquedo.

    Fabio Braga - 12.abr.2016/Folhapress
    Leila Pereira, 40, servidora pública, usa o serviço desde 2010, quando teve os gêmeos Lígia e Teo, 5
    Leila Pereira, 40, servidora pública, usa o serviço desde 2010, quando teve os gêmeos Lígia e Teo, 5

    A companhia aluga brinquedos como casinhas, andadores, tapetes musicais e bonecos que são entregues aos pais já higienizados e montados, sem cobrança de frete. "No Brasil, não adiantava só entregar o produto.

    Um funcionário tem que montar, ajustar e tirar todas as dúvidas dos pais", diz.

    Hoje, a empresa tem mais de 23 mil cadastros no site e uma média de 1.300 a 1.500 locações por mês.

    Os planos de aluguel vão de um a sete brinquedos por mês e custam de R$ 60 a R$ 250 mensais. A empresa opera em São Paulo, partes do Grande ABC, Guarulhos, Osasco e Taboão.

    Leila Pereira, 40, servidora pública, usa o serviço desde 2010, quando teve os gêmeos Lígia e Teo, 5.

    A maior motivação foi a economia. "Um dos primeiros brinquedos que eu aluguei custava R$ 800 na loja, e logo as crianças deixariam de usá-lo e ele ficaria em casa ocupando espaço. O aluguel custa menos de um terço."

    As empresárias Alessandra Piu Sevzatian, 45, e Anna Fauaz, 31, investiram no caráter sustentável para fundar a empresa de aluguel de brinquedos Joanninha, em 2011.

    "Não é raro vermos crianças se desinteressarem por brinquedos rapidamente e pedirem algo novo. Queremos incentivar as habilidades infantis e, ao mesmo tempo, o reúso e o consumo compartilhado", diz Sevzatian.

    A empresa tem 180 assinantes fixos e entrega os brinquedos, como triciclos, blocos de madeira e boliche, nas cidades de São Paulo, ABC, Granja Viana e Alphaville.

    A assinatura mensal varia de R$ 95 a R$ 180, dependendo do número de brinquedos alugados (de quatro a dez).

    Os brinquedos, essencialmente feitos com madeira de reflorestamento e bambu, são entregues em casa, sem cobrança de frete.

    Sevzatian diz que o principal obstáculo para o negócio é que poucos pais pensam em alugar o brinquedo.

    Para Patricia Peceguini, consultora de Projetos do Comércio Varejista do Sebrae-SP, o consumo de brinquedos é alavancado principalmente pela compra de presentes para as crianças.

    "É um nicho que irá contar basicamente com os pais. Dificilmente haverá adesão de parentes, padrinhos e convidados de festas de aniversário", afirma Peceguini.

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