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Mercado
Friday, 26-Apr-2024 01:44:05 -03Projeções para taxa básica de juros e inflação caem, aponta boletim do BC
DA REUTERS
18/04/2016 09h14
A perspectiva de economistas para a taxa básica de juros (Selic) neste ano voltou a ser reduzida em meio à contínua diminuição nas perspectivas para a inflação em 2016 e 2017, enquanto o cenário econômico segue piorando.
Fechada antes da votação que aprovou a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, a pesquisa semanal Focus do Banco Central mostrou nesta segunda-feira (18) que a perspectiva para a Selic no final de 2016 agora é de 13,38% ao ano, mesma conta vista no Top 5, grupo que mais acerta as projeções. O levantamento anterior apontava que a Selic terminaria 2016 a 13,75%.
Para o final de 2017, permanece a expectativa de que a Selic ficará em 12,25%. Hoje, a taxa está em 14,25% ao ano e não deve ser alterada na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, na próxima semana.
As perspectivas para a inflação neste ano e no próximo voltaram a cair no Focus. A projeção para a alta do IPCA em 2016 recuou pela sexta semana seguida, em 0,06 ponto percentual, a 7,08%.
Apesar da contínua trajetória de queda, a perspectiva ainda permanece bem acima do teto da meta do governo para 2016, de 4,5% com tolerância de 2 pontos percentuais.
Já para 2017, a mediana aponta para inflação de 5,93%, contra 5,95% previstos no levantamento anterior, afastando-se ainda mais do teto da meta do governo para o ano que vem, também de 4,5%, porém com tolerância de 1,5 ponto.
O cenário de inflação recuando vem junto com a queda nas estimativas para o câmbio. Segundo o Focus, a expectativa é que o dólar encerre esse ano a R$ 3,80, abaixo dos R$ 4 projetados até então. Para 2017, a conta também caiu, a R$ 4 reais, contra R$ 4,10 do levantamento anterior.
As perspectivas para a economia, por sua vez, mantiveram trajetória de queda, com a expectativa de contração do PIB (Produto Interno Bruto) este ano indo a 3,80%, contra queda de 3,77% anterior. Para 2017, é esperado crescimento de 0,20%, sobre 0,30% no levantamento anterior.
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