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    ANP determina que petroleiras retomem operações em 26 campos

    NICOLA PAMPLONA
    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO

    20/04/2016 20h16

    A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) notificou a Petrobras e outras cinco petroleiras para retomar as operações em 26 campos de petróleo paralisados no país, sob o risco de perda da concessão.

    As empresas terão até 12 meses para reiniciar as atividades nos campos produtores.

    A proposta foi autorizada em resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) publicada no dia 8 de março, que trouxe uma série de medidas para tentar fomentar a retomada dos investimentos no setor.

    De acordo com a ANP, a Petrobras tem a maior quantidade de campos de petróleo paralisados no país. São 19, em sua maioria campos de menor porte localizados em bacias terrestres.

    A maior parte deles está na Bahia e no Espírito Santo, bacias mais antigas, que saíram do foco da Petrobras após o agravamento da crise financeira da companhia.

    Apenas três são marítimos: Maromba, na Bacia de Campos, Siri, no Rio Grande do Norte, e Dourados, no litoral de Sergipe.

    A Petrobras confirmou que foi notificada pela ANP e disse que alguns dos campos mencionados pela matéria já retomaram produção ou retomarão em breve. "Outros permanecem em processo de análise", disse a estatal, em nota, sem especificar os projetos.

    As outras empresas notificadas para retomar atividades são Proen, Nova Petróleo, Oceania OG, Petrosynergy e Recôncavo.

    A Petrosynergy confirmou que foi notificada pela ANP e diz que um de seus campos está com a produção suspensa "devido às dificuldades na comercialização do petróleo" extraído.

    O segundo campo, no Espírito Santo, tem apenas um poço que, por problemas técnicos, está produzindo muita água, o que levou à suspensão das atividades. A empresa disse ter informado a ANP sobre o calendário para a retomada da produção.

    A ANP acredita que, caso os atuais concessionários não queiram manter os ativos, pode encontrar novos interessados. A estratégia faz parte de uma política de oferecer ao mercado jazidas que já tiveram produção, chamadas de áreas com acumulações marginais.

    Neste momento, a agência mantém consulta pública para avaliação do interesse por 16 áreas desse tipo, localizados no Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Norte.

    A Folha não conseguiu contato com as outras companhias notificadas pela ANP.

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