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    o impeachment

    Bolsa sobe quase 2% com possível ministério de Temer; sem BC, dólar cai

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    26/04/2016 12h56

    Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    O ex-presidente do BC Henrique Meirelles apresentafórum da Folha
    O ex-presidente do BC Henrique Meirelles é cotado para o Ministério da Fazenda

    Os nomes que vêm sendo cogitados para integrar um virtual governo sob o comando do atual vice-presidente Michel Temer, como o do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, animam os investidores.

    O Ibovespa opera com alta de quase 2% nesta terça-feira (26) e o dólar, novamente sem atuação do Banco Central, cai para o patamar de R$ 3,52. Os juros futuros de longo prazo recuam. O cenário externo mais favorável, com a alta dos preços do petróleo e a fraqueza da moeda americana em outros países, contribui para este movimento.

    O mercado doméstico segue de olho no andamento do processo de impeachment presidente Dilma Rousseff no Senado. Porém, como a eventual saída de Dilma do poder já está precificada pelo mercado, o foco principal passa a ser a montagem do governo Temer.

    "Os nomes fortes que vêm sendo ventilados para compor o governo Temer, mais o possível apoio do PSDB, trazem otimismo aos investidores", afirma Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.

    O principal índice da Bolsa paulista avançava há pouco 1,92%, aos 52.857,18 pontos. As ações da Petrobras ganhavam 4,28%, a R$ 9,73 (PN) e 4,53%, a R$ 12,92 (ON), impulsionadas pela alta do petróleo.

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subia 2,48%; Bradesco PN, +3,76%; Banco do Brasil ON, +3,60%; Santander unit, +1,56%; e BM&FBovespa ON, -0,65%.

    As ações da Vale iniciaram a sessão em baixa, com a nova queda do preço do minério, mas viraram e passaram a subir: o papel PNA avançava há pouco 3,24%, a R$ 14,62, e Vale ON, +5,03%, a R$ 18,97.

    CÃMBIO E JUROS

    O dólar à vista perdia há pouco 0,50%, a R$ 3,5282, enquanto o dólar comercial recuava 0,59%, a R$ 3,5280.

    Além do otimismo do mercado com a composição do virtual governo Temer, o Banco Central não realizou, pelo segundo dia seguido, leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura da moeda americana pela autoridade monetária.

    Analistas avaliam que, quando a moeda americana se aproximar mais da cotação de R$ 3,50, o BC deve voltar a comprar dólares no mercado futuro.

    A queda do dólar ante o real também é influenciada pelo movimento global da moeda americana.

    Na véspera do anúncio do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre o patamar da taxa básica de juros (Selic), o contrato de DI para janeiro de 2017 operava estável, a 13,485%, e o DI para janeiro de 2021 baixava de 12,750% para 12,670%. A expectativa do mercado é de manutenção da Selic em 14,25% ao ano.

    O CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote e outro indicador da percepção de risco do país, recuava 0,95%, para 357,369 pontos.

    EXTERIOR

    O dólar recua ante a maior parte das moedas pelo segundo dia, com o mercado avaliando que é praticamente nula a chance de o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) elevar nesta quarta-feira (27) as taxas de juros americanas.

    O petróleo opera em alta, após o tombo desta segunda-feira (25). O petróleo Brent, negociado em Londres, avançava 2,56%, para US$ 45,62 o barril; em Nova York, o petróleo tipo WTI ganhava 2,70%, a US$ 43,79 o barril.

    Os índices acionários americanos, porém, são afetados pelas estimativas de resultados corporativos do primeiro trimestre mais fracos do que o esperado. Além disso, as encomendas de bens duráveis nos EUA cresceram em março menos do que o previsto.

    O índice Dow Jones perdia 0,15%; o S&P 500, +0,09% e o Nasdaq, -0,20%.

    Na Europa, as Bolsas operavam com sinais mistos: Londres (+0,45%); Paris (-0,24%); Frankfurt (-0,22%); Madri (+1,73%) e Milão (+1,57%).

    Na Ásia, a maioria das Bolsas subiu, mas a Bolsa de Tóquio caiu 0,49%. Há dúvidas se o banco central do Japão, que se reúne nesta quarta e quinta-feira, anunciará mais estímulos monetários.

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