A Hypermarcas teve lucro líquido de R$ 1,008 bilhão no primeiro trimestre, salto em relação aos R$ 90,7 milhões registrados um ano antes. O resultado foi influenciado pela conclusão da venda do braço de cosméticos para a Coty.

Em termos recorrentes, o lucro subiu 2,8% na comparação anual, para R$ 117,8 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) das operações continuadas somou R$ 310,3 milhões, alta de 11,2% na comparação anual. A margem Ebitda caiu 0,3 ponto percentual, para 37,5%.

A Hypermarcas concluiu no trimestre a venda de sua divisão de cosméticos para a francesa Coty, por R$ 3,8 bilhões, como parte dos esforços para reduzir o endividamento e se concentrar na área farmacêutica.

Em janeiro, a Hypermarcas também anunciou a venda de sua divisão de preservativos para a grupo britânico Reckitt Benckiser por R$ 675 milhões.

No trimestre, a Hypermarcas teve receita líquida de R$ 827,3 milhões, crescimento de 12,1% sobre um ano antes, com destaque para medicamentos de prescrição médica.

Mesmo com o esforço de desalavancagem, a companhia viu suas despesas financeiras líquidas crescerem 22,4%, para R$ 148,7 milhões, movimento influenciado por gastos com pré-pagamento de dívidas.

No período, a empresa fez a recompra parcial de US$ 272,9 milhões em bônus no mercado internacional. Sem isso, a despesa financeira líquida teria caído em R$ 59,5 milhões. No fim de março, a posição de caixa líquida era positiva em R$ 216,6 milhões, já considerando o resultado de hedge não realizado.

A coluna de despesas gerais e administrativas recuou 4,1% sobre um ano antes, para R$ 38,1 milhões.