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    Investimento em renda fixa é opção mais rentável e segura que bolsa

    TÁSSIA KASTNER
    DE SÃO PAULO

    02/05/2016 02h00

    Léo Burgos - 09.jun.2014/Folhapress
    Mesmo com euforia atual, pequeno investidor deve investir na bolsa pensando no longo prazo
    Papéis como títulos do Tesouro e CDBs oferecem boa rentabilidade com risco baixo

    Apesar do entusiasmo do pequeno investidor com a recente alta da Bolsa, a recomendação é que apenas uma parcela muito pequena dos investimentos seja em renda variável.

    Hoje, papéis de renda fixa, como títulos do governo ou CDBs de bancos médios, por exemplo, oferecem rendimentos superiores e com menor risco para o investidor -os títulos público são considerados o investimento com menor risco possível, enquanto CDBs têm proteção do FGC (Fundo Garantir de Créditos) para quem aplica até R$ 250 mil.

    "O que recomendamos a nossos investidores é concentrar a maior parte das aplicações em renda fixa de baixo risco, algo entre 85% e 90%. O resto, cabe tomar risco, mas com horizonte de 5 a 10 anos. Nesse cenário, importa pouco se a Bolsa está em 50 mil ou 55 mil pontos", afirma Rogério Manente, da corretora Socopa.

    Marcio Cardoso, da corretora Easynvest, concorda que o pequeno investidor ganha mais em renda fixa, com remuneração atrelada à taxa básica de juros da economia.

    A Selic está em 14,25% ao ano. A perspectiva, com a recessão e queda da inflação, é que ela caia para 13,25% até o final do ano, segundo economistas consultados semanalmente pelo Banco Central.

    Se a Bolsa saísse do atual patamar, 53 mil pontos, para 61 mil pontos, o ganho bruto seria de 15%.

    Hoje, no entanto, um Tesouro IPCA+ com vencimento em 2019 pode ser comprado com taxa de 6,02% ao ano, mais a variação da inflação no período. Considerada a previsão de que a inflação termine o ano ao redor de 7%, a rentabilidade bruta ficaria perto de 13%.

    ALTERNATIVAS

    Um produto que vem sendo recomendado por planejadores financeiros a investidores que desejam ter parte de suas aplicações em renda variável é o COE (Certificado de Operações Estruturadas).

    Esse tipo de investimento combina aplicações em renda fixa e em um tipo de renda variável -pode ser dólar ou ações, por exemplo.

    O produto também oferece a opção de capital protegido: se o componente de investimento variável cai, o poupador recebe pelo menos o valor aplicado de volta; se sobe, se beneficia da alta, mas não integralmente.

    "É um produto híbrido, que entrega um pedaço da remuneração variável", diz Cardoso.

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