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    Lucro do BB desaba 60% no 1º tri com aumento das provisões contra calote

    TÁSSIA KASTNER
    DE SÃO PAULO

    12/05/2016 10h00

    Tercio Teixeira/Folhapress
    Agência do Banco do Brasil, que viu seu lucro despencar no primeiro trimestre
    Agência do Banco do Brasil, que viu seu lucro despencar no primeiro trimestre

    A despesa com provisão contra calote de uma empresa específica do setor de óleo e gás ajudou a derrubar o lucro do Banco do Brasil em quase 60% no primeiro trimestre deste ano quando comparado com igual período de 2015.

    O banco afirmou que a provisão foi de R$ 2,02 bilhões apenas para essa empresa no período. A despesa total no trimestre foi de R$ 9,145 bilhões, crescimento de 60% em um ano.

    O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil tombou 57,6%, para R$ 1,286 bilhão, a maior queda entre os grandes bancos de capital aberto do país.

    O Bradesco e o Itaú também tiveram recuo no lucro devido ao aumento de provisões para grandes empresas. No caso do Bradesco, uma reserva de recursos para possível calote da Sete Brasil impactou o resultado do banco. O Santander registrou leve crescimento.

    A carteira de crédito ampliada do BB avançou 2,3%, para R$ 775,6 bilhões. O banco reforçou que a estratégia do banco segue de aumento nas concessões em linhas com garantia, como o crédito consignado e imobiliário.

    O estoque de empréstimos para empresas médias e pequenas teve contração de 9,3% na mesma base de comparação.

    "A gente continua fazendo operações em segmentos de risco menor", disse José Maurício Pereira Coelho, vice-presidente de gestão financeira e relações com investidor do banco.

    A linha de cheque especial, contudo, cresceu 11% no período, para R$ 2,830 bilhões. "A gente conseguiu reduzir a inadimplência do cheque especial, estabilizar a inadimplência do cartão de crédito", disse Raul Moreira, vice-presidente de Negócios de Varejo.

    A inadimplência acima dos 90 dias subiu para 2,6% no primeiro trimestre e deve continuar em alta, segundo Coelho.

    "É possível ver ainda uma subida dos níveis atuais [de inadimplência], vai depender muito de quando a economia vai encontrar novo ciclo de retomada", disse o vice-presidente de relações com investidor.

    NOVO GOVERNO

    Coelho evitou fazer comentários sobre mudanças no comando do banco com a posse do presidente interino Michel Temer (PMDB) nesta quinta-feira.

    "Para nós, executivos, o que cabe é conduzir a empresa no dia a dia. Não cabe a nós nenhum tipo de opinião e comentário", disse.

    Folhainvest

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