A Gol, que vem tendo dificuldades para combater seu endividamento, anunciou na quarta-feira (11) um lucro líquido de R$ 757,1 milhões neste primeiro trimestre, o primeiro ganho trimestral após quatro anos de prejuízos.

Embora tenha revertido o prejuízo de R$ 672,7 milhões de igual período de 2015, segundo seu vice-presidente financeiro, Edmar Lopes, o problema está longe de ser solucionado.

Os resultados refletem a variação cambial sobre dívidas em dólar e já mostram respostas às medidas para melhorar a liquidez.

"É o primeiro trimestre em que estamos apresentando reflexos do nosso plano de reestruturação", afirma Paulo Kakinoff, presidente da companhia aérea.

Em 2015, a Gol anunciou ajustes na malha e na frota para combater a crise. Agora, relata redução de 4% na capacidade no mercado brasileiro e 18,5% no internacional, o que resultou em redução de 5,9% do sistema total no primeiro trimestre.

A projeção para 2016 é de redução de até 18% nos assentos e decolagens.

TROCA DE DÍVIDA

A empresa também anunciou neste mês a troca de bônus de sua emissão em circulação no exterior.

Os títulos sem garantia em poder de investidores hoje somam US$ 781,4 milhões e poderão ser substituídos por caixa mais outros bônus com garantia e um prêmio em relação à cotação atual de mercado.

Também foram adota- das ações como flexibiliza- ção de cronograma de entrega de aviões, suspensão de destinos e renegociação com bancos.