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    Não há dinheiro para subsidiar tarifas, afirma Moreira Franco

    DE BRASÍLIA

    14/05/2016 02h00

    Danilo Verpa/Folhapress
    Moreira Franco chega a escritório no bairro de Pinheiros, em São Paulo, onde o vice-presidente Michel Temer está.
    Moreira Franco chega a escritório em Pinheiros, SP, onde o vice-presidente Michel Temer estava

    Moreira Franco, que será secretário do PPI (Programa de Parceira de Investimentos), afirma que o governo não tem mais dinheiro para subsidiar tarifa baixa aos usuários das concessões e que o retorno das empresas será definido por critérios matemáticos.

    "Não dá para resolver problema de aritmética com ideologia", disse em entrevista à Folha Moreira, ex-governador do Rio e que foi ministro da Aviação Civil no governo Dilma Rousseff.

    *

    Folha - O modelo de concessão estava baseado em reduzir ao máximo as tarifas. Vai continuar assim?

    Moreira Franco - Isso era financiado de duas formas. O governo pagava uma parte da obra e dava subsídios via BNDES. No final, a conta caía no Tesouro. O governo não tem mais dinheiro. Vamos buscar a modelagem necessária em cada projeto para que não tenha subsídio.

    O senhor falou que o governo anterior, de Dilma Rousseff, fixava taxas de retorno. Mas isso é obrigatório pelos órgãos de controle, que pedem uma taxa de referência para determinar a tarifa, por exemplo. O governo anterior puxava para baixo...

    Não tem que puxar nem para baixo nem para cima. Há métodos que permitem chegar ao valor com precisão. O que não pode é achar um valor e dizer que "está alto" e criar subsídio para baixar. Não dá para resolver problema aritmético com ideologia.

    Mas como fugir da pressão dos usuários por preço baixo?

    Mercado. Quando você vai comprar arroz e está caro, você vai em outro lugar, substitui. Não dá é para disfarçar com subsídio.

    O senhor já tem um conjunto de concessões prioritárias?

    Vamos levantar isso nas agências do governo e resolver os problemas mais fáceis para iniciar as obras de novas concessões. Temos de começar a gerar empregos.

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