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    Sem consenso sobre Previdência, centrais sindicais marcam reunião

    ANA PAULA MACHADO
    DE SÃO PAULO

    18/05/2016 02h00

    Marcos Santos/USP Imagens
    Centrais sindicais irão se reunir para debater projetos que alteram leis trabalhistas e da Previdência
    Centrais sindicais irão se reunir para debater projetos que alteram leis trabalhistas e da Previdência

    Ausente das reuniões com o governo para debater reformas na Previdência, que começam nesta quarta (18), a maior central sindical do país, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), se reúne com outras centrais nesta sexta (20).

    Elas vão definir uma pauta conjunta de reivindicações e as medidas que devem adotar para garanti-las.

    Ligada ao PT e representando cerca de 26 milhões de trabalhadores em 3.960 sindicatos, a CUT se recusa a negociar com o governo do presidente interino Michel Temer.

    Na reunião de sexta, estarão também a Força Sindical, presidida pelo deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade - SP), a Nova Central dos Sindicatos dos Trabalhadores (NCST), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB).

    As duas primeiras declaram representar mais de 10 milhões de trabalhadores e as restantes, 8 milhões.

    Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, já existe um Fórum das Centrais que tem como missão discutir propostas e as medidas impostas pelo governo.

    "Na questão da Previdência, por exemplo, não apoiamos uma reforma que institua a idade mínima. Essa proposta já foi feita pela presidente Dilma Rousseff e não concordamos com ela."

    DISSONÂNCIAS

    João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical (que reúne 1.593 sindicatos), disse que vai combater a ideia de elevar a arrecadação para cobrir o deficit da Previdência.

    "Somos contra instituir a idade mínima para a aposentaria. Há alternativas para resolver essa questão, como a legalização do jogo no país."

    Já o presidente da UGT (1.352 sindicatos), Ricardo Patah, defende a destinação da CPMF para a Previdência. "Seria uma verba carimbada, e viria junto com a extinção da Cofins."

    Para o presidente da CTB (1.200 sindicatos), Adilson Araújo, "a primeira coisa a fazer é uma auditoria para saber se é a Previdência é realmente deficitária."

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    APOSENTADORIA NO PRESENTE E ADIANTE

    1- Como ficou a Previdência no governo Temer?
    > O INSS foi transferido para o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário
    > Outros órgãos da Previdência, que teve a palavra "Social" retirada, ficarão sob o comando do Ministério da Fazenda

    2 Quais os próximos passos?
    > Centrais sindicais e governo começam a debater nesta quarta (18)
    > Grupo terá até o dia 3 de junho para desenvolver uma proposta

    3 Quais as propostas em discussão?
    > idade mínima para aposentadoria do setor privado (no setor público, já existe)
    > governo estuda regra de transição para quem já está no mercado de trabalho
    > sindicalistas defendem que mudanças sejam apenas para novos trabalhadores

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