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    Temer e Parente, cotado a assumir Petrobras, discutem sobre estatal hoje

    DO RIO
    DE BRASÍLIA
    DE SÃO PAULO

    19/05/2016 02h00

    De volta ao Brasil nesta quinta (19), o ex-ministro Pedro Parente deve conversar com o presidente interino, Michel Temer (PMDB-SP), sobre o convite para assumir o comando da Petrobras.

    Segundo assessores do presidente, a conversa pode ser por telefone ou pessoalmente e o nome de Parente é o preferido de Temer para o lugar do atual presidente da estatal, Aldemir Bendine.

    Parente conta com apoio do ex-presidente FHC, de quem foi ministro da Casa Civil, mas tem também respaldo dos auxiliares mais próximos do presidente interino.

    Semanas antes da posse de Temer, quando seus colaboradores começaram a cogitar nomes para formar o governo, Moreira Franco citou Parente como qualificado para ocupar cargos de perfil tanto político quanto técnico.

    Temer e Pedro Parente conversaram por telefone dias atrás, antes de o executivo viajar a Nova York.

    Na conversa, o presidente disse que precisava falar com o ex-ministro, que perguntou se deveria cancelar a viagem. O peemedebista disse que não e ficaram de conversar na volta, o que está previsto para esta quinta.

    SAÍDA AMIGÁVEL

    Apesar da troca na presidência da estatal, o governo Temer tem interesse em manter o atual diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, com o aval do ministro Henrique Meirelles (Fazenda). Dentro da empresa, no entanto, imagina-se que Monteiro possa sair com Bendine, já que os dois vieram juntos do Banco do Brasil e são amigos.

    Bendine foi avisado na semana passada que deixará o cargo. Emissários de Temer pediram, porém, que esperasse a indicação do novo nome. O presidente da Petrobras disse a Temer que está disposto a renunciar ao cargo, para facilitar os trâmites burocráticos da troca no comando da estatal.

    A aprovação de um novo nome tem que passar pelo conselho de administração da companhia, indicado ainda no governo Dilma Rousseff e formado, em sua maioria, por nomes de fora do governo.

    Não há sinais de que haverá resistência com a troca de comando, caso o nome indicado tenha respaldo do mercado, disse um conselheiro. Caso contrário, o governo teria que convocar assembleia de acionistas para eleger um novo conselho.

    Valdo Cruz, Nicola Pamplona e David Friedlander

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