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    novo governo

    Dólar cai e Bolsa sobe; mercado avalia medidas e espera votação de meta

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    24/05/2016 12h37

    Após a alta forte na véspera, o dólar recua nesta terça-feira (24), com o mercado avaliando as medidas anunciadas pelo presidente interino Michel Temer. O Ibovespa sobe, mas as ações do Banco do Brasil têm forte queda, depois que o governo informou a intenção de vender papéis do banco no fundo soberano.

    O cenário externo mais positivo, com o avanço do petróleo, ajuda os negócios neste pregão. Entretanto, a grande expectativa dos investidores é quanto à votação da meta fiscal no Congresso.

    Profissionais dos mercado afirmam que o placar da votação no Congresso, que ocorre nesta terça-feira, será essencial para avaliar o tamanho do apoio ao novo governo no Congresso. A meta prevê um deficit de R$ 170,5 bilhões nas contas do governo.

    "A votação da meta fiscal indicará as chances de as medidas que estão sendo anunciadas serem aprovadas no Congresso", afirma um operador.

    A saída de Romero Jucá do Ministério do Planejamento, após a Folha divulgar que, em gravação, o senador sugeriu um pacto para deter a Operação Lava Jato, na qual é investigado, trouxe alívio ao mercado financeiro. Isso porque o afastamento estanca a primeira crise política do governo Temer.

    Por outro lado, analistas avaliam que a saída de Jucá da pasta pode complicar a votação de medidas no Congresso. "O senador é tido como peça importante nas negociações que envolverão o Congresso para aprovação das medidas de cunho fiscal", comenta a equipe de análise da Lerosa Investimentos.

    CÂMBIO E JUROS

    A moeda americana à vista perdia 0,68%, a R$ 3,5509, enquanto o dólar comercial recuava 0,83%, a R$ 3,5520.

    O real, que se recupera do tombo da véspera, é beneficiado pela alta do petróleo no mercado internacional.

    No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 operava estável, a 13,695%; o DI para janeiro de 2021 caía de 12,620% para 12,490%.

    O CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote e indicador da percepção de risco do país, caía 0,36%, para 355,409 pontos.

    BOLSA

    Depois de ter subido 1,35% durante o pronunciamento do presidente interino Michel Temer, o Ibovespa ganhava há pouco 0,62%, aos 49.634,84 pontos.

    As ações ON do Banco do Brasil recuavam 3,08%, a R$ 16,36, após o governo anunciar uma possível venda de papéis do banco público no fundo soberano. Temer quer extinguir o fundo soberano, com patrimônio de R$ 2 bilhões, para cobrir o endividamento público.

    Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a venda de ações vai ser cuidadosamente avaliada para não criar movimentos artificiais ou bruscos nos preços dos papéis. "O que está sendo anunciado é uma medida. Depois será detalhada sua execução visando a maior obtenção de recursos, ou seja, sem deprimir os preços."

    Ainda no setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdia 0,13%; Bradesco PN, -0,61%; Santander unit, +0,11%; e BM&FBovespa ON, +0,55%.

    As ações PN da Petrobras avançavam 2,47%, a R$ 8,71, e as ON ganhavam 2,26%, a R$ 12,29.

    Os papéis PNA da Vale ganhavam 0,26%, a R$ 11,53, mas os ON perdiam 1,10%, a R$ 14,28.

    EXTERIOR

    Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones ganhava 1,20%; o S&P 500, +1,21%; e o Nasdaq, +1,65%, impulsionados por papéis do setor financeiro e de tecnologia.

    Na Europa, as Bolsas exibiam fortes altas, também ajudadas por ações de bancos. Na Ásia, a maioria dos principais índices fechou em baixa, com os temores em relação à desaceleração econômica da China.

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