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    Dívida do Rio ultrapassa limite da Lei de Responsabilidade Fiscal

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    27/05/2016 13h34

    Ruy Baron/Valor
    Data: 04/12/2014?Reporter: Raquel?Local: Gabinete 11 no Senado Federal?Pauta: senador (PP-RJ)?Personagem: Francisco Dornelles, senador (PP-RJ)?Tags: Politica, corrupcao, orcamento?Fotos: Ruy Baron/Valor ***FOTO DE USO EXCLUSIVO FOLHAPRESS***
    O governador do Rio de Janeiro em exercício, Francisco Dornelles (PP)

    A dívida do Estado do Rio ultrapassou, em abril, os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com a legislação, o Estado fica impedido de contratar novos financiamentos enquanto perdurar a situação.

    Em grave crise financeira, o governo responsabilizou a queda das receitas pelo estouro do limite e diz que, como o serviço da dívida com a União está suspenso, considera que permanece em situação regular.

    Segundo o relatório de gestão do primeiro quadrimestre, a dívida consolidada líquida do Estado fechou o mês de abril em R$ 98,787 bilhões. O valor equivale a 201,07% da receita corrente líquida do Estado, que foi de R$ 49,131 bilhões (considerando período de 12 meses até abril).

    De acordo com a resolução 40/2001 do Senado, o valor da dívida dos Estados pode chegar a, no máximo, duas vezes a receita corrente líquida.

    A dívida do Rio caiu 2,36% no primeiro quadrimestre de 2016, em comparação com o quadrimestre anterior. Mas a queda das receitas foi maior, de 4,85%, o que levou ao estouro do limite da LRF.

    Além da proibição de contratação de novos financiamentos, a manutenção do quadro por quatro trimestres impedirá o recebimento de recursos de convênios ou para realização de obras.

    Em nota, a Secretaria estadual de Fazenda contesta, porém, que tenha estourado o limite, alegando que o pagamento dos serviços da dívida com a União está suspenso pelo STF. A dívida com a União Federal representa 60% da dívida.

    "Para além disso, o Estado está, desde o ano passado, também em conjunto com outros estados, buscando a renegociação da dívida com o governo federal", conclui.

    A secretaria diz que a "pequena oscilação no nível de endividamento", é resultado da queda de arrecadação do ICMS e dos baixos preços do petróleo, que impactam na receita com royalties.

    "Essas oscilações mínimas costumam ocorrer, dependendo do desempenho da receita e do câmbio", diz o texto.

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