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    Oferta da Bayer pode render mais de US$ 70 mi a presidente da Monsanto

    DA REUTERS

    27/05/2016 15h02

    Brendan McDermid/Reuters
    Presidente da Monsanto pode receber mais de US$ 70 milhões em operação com a Bayer
    Presidente da Monsanto pode receber mais de US$ 70 milhões em operação com a Bayer

    O presidente da Monsanto, Hugh Grant, pode receber mais de US$ 70 milhões se a maior companhia de sementes do mundo for comprada pela fabricante de produtos químicos Bayer.

    A companhia americana afirmou que está aberta a manter negociações adicionais com a Bayer depois de ter recusado nesta semana uma oferta de US$ 62 bilhões, afirmando que foi "incompleta e financeiramente inadequada".

    A oferta, de US$ 122 por ação, pode permitir que o presidente da Monsanto receba um pacote de mais de US$ 123 milhões depois da aquisição, incluindo na conta dinheiro com a venda de ações e o exercício de opções que ele já possui, segundo análise da Reuters com base em dados divulgados pela empresa de sementes.

    Mas a quantia de US$ 73,5 milhões desse total representa ganhos que ele pode conseguir como resultado da oferta da Bayer, por causa da valorização do valor de suas opções de ações.

    Os ganhos também refletem a valorização de suas ações e a aceleração de pagamentos de bônus que ocorre em caso de aquisições. A conta inclui ainda um pacote de US$ 14,5 milhões a ser concedido se ele perder o cargo como resultado da venda da Monsanto.

    Na maioria dos casos de aquisições, os presidentes-executivos das empresas alvo acabam saindo das empresas vendidas.

    A exposição de Grant às ações e opções significa que ele tem um incentivo para conseguir o maior valor possível pela venda da empresa, o que não seria apenas de seu interesse, mas dos acionistas da Monsanto. Uma oferta de US$ 130 por ação, por exemplo, aumentaria o valor de suas participações em mais US$ 12 milhões, segundo cálculos da Reuters.

    Procurado, um representante da Monsanto não comentou o assunto.

    A Monsanto, que produz o agrotóxico mais usado no mundo, Roundup, tem enfrentado queda nos preços das commodities agrícolas e cortes nos investimentos por agricultores nos Estados Unidos, o que tem pressionado seus resultados.

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