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    Suspeita de falhas na construção para unidades da Petrobras em São Paulo

    NICOLA PAMPLONA
    DE DO RIO

    28/05/2016 02h00

    Divulgação
    Terminal de gás de Caraguatatuba. Unidade de tratamento de gás da Petrobras em Caraguatatuba foi parcialmente paralisada para resolver problemas em soldas mal feitas. As instalações paralisadas são responsáveis pela movimentação de 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Foram construídas pela Schahin, investigada pela Operação Lava Jato. Segundo denúncias do sindicato local, as soldas não suportaram a pressão do gás e começaram a permitir vazamentos, com a ocorrência de acidentes. A Petrobras confirma a parada da unidade para inspeção de segurança.
    Unidade de tratamento de gás da Petrobras em Caraguatatuba foi parcialmente paralisada

    Menos de dois anos após a inauguração, instalações da unidade de tratamento de gás natural Monteiro Lobato da Petrobras (UTGCA), em Caraguatatuba (litoral de SP), foram paralisadas por suspeitas de falha na construção.

    As obras foram feitas pela construtora Schahin, investigada na Operação Lava Jato. Segundo denúncias do sindicato local, apresentam soldas defeituosas que colocam em risco as operações.

    As unidades paradas fazem parte do projeto de ampliação da UTGCA, que compreende três grandes instalações de processamento de gás natural. Inaugurada em 2014, a ampliação do complexo aumentou sua capacidade de 18 milhões para 20 milhões de metros cúbicos por dia.

    "Algumas soldas começaram a apresentar vazamentos, em um sinal de que não estava suportando a pressão do gás", conta o coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), Adaedson Costa.

    A suspensão por tempo indeterminado das atividades foi comunicada aos trabalhadores na semana passada, de acordo com o sindicato, depois que laudo técnico apontou problemas nas soldas.

    A Petrobras confirma a paralisação das operações na UTGCA com o objetivo de verificar "a integridade de suas instalações".

    De acordo com a página de Transparência da petroleira, o contrato com a construtora para adequação na UTGCA teve o valor inicial de R$ 423,7 milhões e 16 aditivos, a maioria relativa ao valor das obras.

    A Folha não conseguiu contato com a Schahin.

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