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    Dólar e Bolsa fecham em baixa; feriado nos EUA reduz negócios

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    30/05/2016 18h11

    Fernando Frazão - 24.jul.2012/Folhapress
    Real voltou a se valorizar frente ao dólar; formação da taxa Ptax influenciou cotação

    O dólar fechou em baixa ante o real e o Ibovespa teve leve queda nesta segunda-feira (30). O pregão foi marcado pelo baixo volume de negócios, por causa dos feriados nos EUA e no Reino Unido, que reduziram a liquidez e deixaram os demais mercados financeiros globais sem referência.

    No mercado doméstico, os investidores mantiveram a cautela em relação ao cenário político. Um dos pontos de incerteza são os desdobramentos das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sergio Machado que comprometem a cúpula do PMDB e integrantes do governo.

    Na Bovespa, o volume negociado foi de apenas R$ 2,127 bilhões. O giro corresponde a cerca da metade do volume de sexta-feira (27), que já foi mais baixo por causa do feriado de Corpus Christi no Brasil. Neste ano, o volume médio negociado na Bolsa é de R$ 7,189 bilhões.

    "Além disso, os receios quanto à capacidade do governo Temer de aprovar as medidas necessárias no atual momento são crescentes", afirma a equipe de análise da Lerosa Investimentos, em relatório.

    CÂMBIO E JUROS

    No mercado de câmbio, o dólar caiu ante o real, em um movimento influenciado pela proximidade da formação da Ptax nesta terça-feira (31). A moeda brasileira também foi impulsionada pela alta do petróleo no mercado internacional, embora o mesmo não tenha ocorrido com a maior parte das moedas de países emergentes.

    A Ptax é a taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais. Operadores tentam influenciar as cotações da Ptax para torná-las mais favoráveis a suas posições no final do mês.

    "Na ausência de outros motivos, e com os mercados à deriva com o feriado nos EUA, o dólar recuou", comenta Marcos Trabbold, operador de câmbio da corretora B&T.

    O dólar comercial, usado em contratos de comércio exterior, perdeu 0,85%, a R$ 3,5790. A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, fechou em baixa de 0,32%, a R$ 3,5951.

    O mercado de juros futuros devolveu parte das recentes altas. O contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 13,685% para 13,635%. O contrato de DI para janeiro de 2021 recuou de 12,910% para 12,740%.

    O CDS (credit default swap) do país, espécie de seguro contra calote e indicador da percepção de risco, subiu 0,11%, aos 350,876 pontos.

    BOLSA

    O Ibovespa encerrou a sessão em baixa de 0,18%, aos 48.964,34 pontos.

    Além da baixa liquidez, o índice foi influenciado nesta sessão pelos ajustes das carteiras de investidores para a virada do mês.

    As ações da Petrobras subiram 1,82%, a R$ 8,38 (PN) e 0,85%, a R$ 10,58 (ON), ajudadas pela alta do petróleo.

    Os papéis PNA da Vale fecharam em queda de 0,17%, a R$ 11,37, e os ON caíram 0,06%, a R$ 14,28.

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdeu 0,03%; Bradesco PN, -0,29%; Banco do Brasil ON, +1,73%; Santander unit, -0,39%; BM&FBovespa ON, -1,17%.

    EXTERIOR

    A Bolsa de Nova York não abriu nesta sessão por causa do feriado do Memorial Day.

    Na Europa —com exceção de Londres, que não funcionou em razão do feriado bancário de primavera—, as principais Bolsas subiram. Na Ásia, a maior parte dos índices terminou a segunda-feira no campo positivo.

    O petróleo passou a subir após o vice-ministro do Petróleo do Iraque, Fayyad Al-Nima ter afirmado que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) discutirá no encontro marcado para esta quinta-feira (2) um possível congelamento da produção.

    O petróleo Brent para entrega em julho, negociado no mercado futuro em Londres, terminou em alta 0,89%, a US$ 49,76 o barril; o WTI, negociado no mercado futuro em Nova York, subiu 0,55%, a US$ 49,60.

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