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    Abílio Diniz anuncia R$ 1 bilhão em investimentos na Argentina

    LUCIANA DYNIEWICZ
    DE BUENOS AIRES

    30/05/2016 20h46 - Atualizado às 02h59 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Divulgação
    O empresário Abilio Diniz se reúne com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, em Buenos Aires; o presidente do conselho de administração da BRF anunciou investimentos na argentina
    O empresário Abilio Diniz se reúne com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, em Buenos Aires

    A Argentina deverá abocanhar cerca de 50% dos investimentos que a brasileira BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, fará neste ano em todo o mundo.

    Na segunda (30), Abílio Diniz, presidente global do conselho de administração da companhia, esteve com o mandatário argentino, Mauricio Macri, na Casa Rosada e anunciou que a BRF injetará US$ 292 milhões (R$ 1 bilhão) no país vizinho em 2016.

    Em março, o presidente global da empresa, Pedro Faria, afirmou à Folha que, neste ano, os investimentos ficarão ao redor de R$ 2 bilhões -mesma cifra de 2015. Faria também participou da reunião em Buenos Aires.

    Parte do capital destinado à Argentina já começou a ser aportado com a compra da Campo Austral, produtora de carne suína, por US$ 85 milhões e da Alimentos Calchaquí, de frios, por US$ 105 milhões. O restante será aplicado na ampliação de unidades já existentes -hoje são nove em operação.

    Com as novas plantas, o número de funcionários no país deverá passar dos 2.879 para 4.500 –notícia que não poderia vir em melhor hora para Macri. O governo do presidente de centro-direita vem sofrendo pressões sociais diante da crise econômica.

    Neste ano, o PIB do país deverá recuar 1% e a inflação, ultrapassar os 40%. Apesar de o Ministério do Trabalho afirmar que o desemprego está estável, centrais sindicais falam em mais de cem mil demissões desde que Macri assumiu, em dezembro de 2015.

    O governo já indicou descontentamento com a classe empresarial, que não retira projetos de investimento do papel apesar das medidas de estabilização econômica adotadas (como a liberalização do acesso ao câmbio).

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