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    novo governo

    Centrais querem 'refazer as contas' da Previdência e melhorar gestão

    ANA PAULA MACHADO
    DE SÃO PAULO

    31/05/2016 02h00 - Atualizado às 14h07 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Jorge Araujo - 1°.mai.2016/Folhapress
    SAO PAULO SP Brasil 01 05 2016 : Ato polItico da Forca Sindical, com Paulinho Pereira da Silva e deputados pro-impeachment de PSDB, DEM, SD, PPS e etc. Deputados que fizeram campanha pelo impeachment, como, Andr Moura (PSC-SE), Major Olimpio (Solidariedade-SP), e Rodrigo Maia (DEM-RJ).Embassay e senadora Marta Suplicy e recebeu algumas vasias na hora do discurso na zona norte de São Paulo. Jorge Araujo Folhapress 703 ORG XMIT: XX
    O presidente da Forca Sindical Paulinho Pereira da Silva

    As centrais sindicais decidiram não munir o governo com propostas para a reforma da Previdência.

    Em reunião nesta segunda-feira (30), em São Paulo, Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central chegaram ao consenso de que o melhor para diminuir o rombo no INSS é elevar arrecadação.

    E é isso que as entidades devem propor na próxima reunião com o governo –que foi adiada desta sexta (3) para o dia 10 de junho.

    "O que vamos propor são medidas para melhorar a gestão das contas da Previdência. Não vamos enviar um documento com propostas para a reforma, até porque, já há em curso uma modificação, que é a 85/95", disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.

    O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) vai compilar as propostas e criar um documento único para ser entregue ao governo até o início da próxima semana.

    REFAZER AS CONTAS

    "Não queremos apresentar propostas para a reforma. Queremos refazer todas as contas da Previdência", afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentini.

    Uma das medidas que devem ser propostas é o fim da cobrança diferenciada para as empresas do agronegócio. Pela Lei de Custeio da Seguridade Social, a agroindústria e o produtor rural pessoa jurídica, contribuem com 2,6% sobre a receita bruta da comercialização da produção.

    O setor industrial, por seu lado, recolhe 20% sobre a folha, mais o PIS, Cofins e CSLL (contribuição sobre o lucro) com alíquotas variáveis.

    Outras propostas em consenso entre as centrais são a de venda de imóveis inutilizados pelo INSS, a revisão das isenções para as entidades filantrópicas e uma fiscalização mais eficiente das empresas inadimplentes.

    "É bom ressaltar que todas essas propostas de melhora na gestão são para o setor privado e não para o setor público. São discussões em separado e não em conjunto, como o governo quer", disse o secretário da UGT, Natal Leo.

    Pelos cálculos do Dieese, o deficit previdenciário do setor público é de R$ 120 bilhões para uma base de 3,5 milhões de pessoas. Já o setor privado gera um déficit de R$ 80 bilhões e atende a 28 milhões de segurados.

    A Casa Civil confirmou o adiamento da reunião para o dia 10, para que haja mais tempo para avaliar a posição dos sindicalistas.

    O governo não quis comentar, porém, a recusa das centrais em enviar propostas para a reforma da Previdência.

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