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    novo governo

    Dólar sobe e Bolsa recua em meio a incertezas no cenário político

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    31/05/2016 13h29

    O cenário político conturbado mantém a cautela no mercado financeiro nesta terça-feira (31). O dólar sobe, enquanto a Bolsa opera em baixa.

    Os juros futuros e o CDS (credit default swap) do país, espécie de seguro contra calote e indicador da percepção de risco, avançam.

    Investidores repercutem a saída do ministro da Transparência, Fabiano Silveira. Ele é o segundo ministro a cair em apenas 19 dias de governo Temer por causa de conversas gravadas por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e delator da Operação Lava Jato.

    Silveira pediu demissão nesta segunda (30) após divulgação de gravação em que conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), seu padrinho político.

    No diálogo, revelado pelo "Fantástico", ele orienta Renan e Machado a atuar nos procedimentos em que são investigados na Lava Jato.

    "A queda (de Silveira) e seu motivo sinalizam maior dificuldade de Temer na governabilidade, e o mercado receia riscos para aprovação das medidas do ajuste fiscal", comenta a equipe de análise do Banco Fator, em relatório.

    CÂMBIO E JUROS

    O dólar à vista subia há pouco 0,11%, a R$ 3,5990, e o dólar comercial avançava 0,58%, a R$ 3,6000.

    Além do cenário político conturbado, a formação da taxa Ptax do último dia do mês, que serve de referência a vários contratos cambiais e é calculada pelo Banco Central, influenciou os negócios.

    O BC realiza ainda na tarde desta terça-feira a rolagem de até US$ 4,7 bilhões de uma linha de crédito com compromisso de recompra que vence em junho.

    No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subia de 13,635% para 13,695%. O contrato de DI para janeiro de 2021 avançava de 12,740% para 12,920%.

    O CDS subia 1,81%, para 357,226 pontos.

    BOLSA

    O Ibovespa perdia há pouco 0,35%, aos 48.790,65 pontos, influenciado também pela queda dos índices em Nova York e pelos ajustes das carteiras de ações na virada do mês.

    Apesar da alta do petróleo no mercado internacional, as ações PN da Petrobras perdiam 0,59%, a R$ 8,33, e as ON operavam estáveis, a R$ 10,58.

    Os papéis PNA da Vale subiam 1,14%, a R$ 11,50, e os ON avançavam 1,54%, a R$ 14,50.

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdia 1,17%; Bradesco PN, -1,45%; Banco do Brasil ON, -0,06%; Santander unit, -0,39%; e BM&FBovespa ON, -0,50%.

    EXTERIOR

    Na Bolsa de Nova York, o Dow Jones perdia 0,35%, o S&P 500, -0,05% e o Nasdaq, +0,20%.

    Os gastos do consumidor americano em abril vieram acima do esperado, reforçando as apostas de alta dos juros nos EUA nos próximos meses. Entretanto, o dado de confiança do consumidor para maio ficou abaixo do previsto.

    Na Europa, as Bolsas recuaram, pressionadas pelos papéis de bancos. Investidores aguardam a decisão de política monetária do BCE (Banco Central Europeu), nesta quinta-feira (2).

    Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, e o índice de Xangai avançaram 3,35% e 3,32%, respectivamente. O motivo são as apostas de investidores de que as ações chinesas serão incluídas pela primeira vez no índice MSCI de emergentes. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio subiu 0,98%.

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