• Mercado

    Wednesday, 01-May-2024 21:06:19 -03

    novo governo

    Entenda o que é a DRU, que dá mais margem de gastos para o governo

    DE SÃO PAULO

    02/06/2016 08h35

    Wilson Dias/Agencia Brasil
    Deputados aprovaram na madrugada desta quinta-feira (2) a DRU (Desvinculação de Receitas da União)
    Deputados aprovaram na madrugada desta quinta-feira (2) a DRU (Desvinculação de Receitas da União)

    Os deputados aprovaram na madrugada desta quinta-feira (2) a DRU (Desvinculação de Receitas da União), uma das prioridades do governo interino de Michel Temer, que amplia e prorroga até 2023 o mecanismo que permite à União gastar livremente parte de sua arrecadação.

    Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, ainda é necessária mais uma votação, que deve ocorrer na próxima terça (7), antes de o texto seguir para a apreciação dos senadores. No Senado, também ocorrerá apreciação em dois turnos no plenário, para a proposta então ser promulgada.

    Entenda o que é a DRU e quais os próximos passos.

    *

    O que é a DRU?
    A DRU (Desvinculação de Receitas da União) é um mecanismo que permite ao governo federal usar livremente um percentual de todos os tributos federais vinculados por lei a determinado órgão, fundo ou despesa. Esse percentual foi de 20% até 2015, e o governo propôs elevá-lo para 30% até 2023. A principal fonte de recursos da DRU são as contribuições sociais, que respondem a cerca de 90% do montante desvinculado.

    Por que o governo quer recriar a DRU e ampliá-la?
    Mais de 80% da receita do governo é vinculada, o que engessa a execução do Orçamento. Muitas vezes falta dinheiro para uma área e sobram recursos que o governo não consegue aplicar em outras. A DRU permite que o governo aplique os recursos em qualquer despesa considerada prioritária. Também pode usar o dinheiro para fazer superavit primário e conter o aumento da dívida pública.

    A proposta que passou na comissão é suficiente para isso?
    O governo estima que poderá usar livremente cerca de R$ 120 bilhões em 2016. O Orçamento prevê a aplicação de quase 50% do dinheiro no Ministério do Trabalho e na área de Previdência. Outros 20% vão para o Ministério da Defesa. Seriam reservados ainda R$ 10 bilhões (8%) para um reserva de contingência. O restante é dividido entre as outras pastas.

    Quais os próximos passos na tramitação?
    A comissão ainda precisa analisar emendas. A PEC segue então para o plenário da Câmara, onde precisa do voto de ao menos 308 dos 513 deputados. A medida tem que passar ainda pelo Senado e ser aprovada também por 60% dos parlamentares. São dois turnos de votação em cada Casa

    Uma vez aprovada pelo Congresso, quando começa a valer?
    A DRU foi criada em 1994. Prorrogada diversas vezes, esteve em vigor até 2015. Em julho do ano passado, o governo federal enviou ao Congresso a nova proposta. Ela passa a valer assim que for aprovada e sancionada, ainda neste ano.

    Fontes: Ministério do Planejamento e Senado Federal

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024