A Prumo Logística inaugurou nesta terça-feira (7) três novos terminais no Porto do Açu, projeto idealizado por Eike Batista em São João da Barra, no norte-fluminense.

Os projetos são resultado de um investimento de R$ 1,5 bilhão e concluem a primeira fase de implantação do porto, que já operava um terminal de minério e instalações de prestadores de serviços para a indústria do petróleo.

Dois dos novos terminais também são voltados ao setor de petróleo: o terminal de óleo (T-Oil) que permite a transferência da produção brasileira para navios maiores voltados à exportação, e o terminal de combustíveis marítimos (Tecma).

O T-Oil resolve um gargalo logístico do setor de petróleo no país, evitando que as empresas privadas tenham que ir ao Uruguai para transferir o petróleo para navios maiores.

O primeiro cliente será a Shell, que usará as instalações para escoar a produção de projetos do pré-sal adquiridos quando comprou a BG.

A transferência é necessária porque a retirada do petróleo das plataformas é feita por navios com tecnologia mais avançada e, portanto, mais caros.

"O benefício é que podemos deixar esses navios dedicados a recolher o petróleo nas plataformas", disse o presidente da Shell, André Araújo.

O terminal é uma parceria com a alemã Oiltanking e tem capacidade para movimentar 1,2 milhão de barris por dia, o equivalente a quase 50% da produção atual.

O presidente da Prumo, controladora do porto, José Magela, disse que está negociando com outras empresas para usar o terminal.

A terceira inauguração foi do terminal múltiplo, que movimentará, a princípio, cargas a granel —a Prumo tem um contrato com a Votorantim para exportação de bauxita— mas será ampliado para operar com contêineres.

GÁS

Consolidada a primeira fase de expansão, a Prumo, trabalha agora para viabilizar a entrada no mercado de gás natural, com a construção de um terminal de importação do combustível e de térmicas.

Segundo ele, o porto já tem licença para térmicas com capacidade de 3,2 mil megawatts (MW), mas depende de condições econômicas em leilões de energia do governo para dar continuidade ao projeto.

A Prumo é hoje controlada pelo fundo americano EIG.