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    Diretor financeiro assume presidência da Oi após renúncia de Bayard Gontijo

    DA REUTERS

    10/06/2016 19h35

    Eny Miranda/Divulgação
    Descrição: Bayard Gontijo, presidente da OiCrédito: Eny Miranda/Divulgação
    Oi anunciou nesta sexta-feira (10) que Bayard Gontijo renunciou à presidência da empresa

    A empresa de telefonia Oi anunciou nesta sexta-feira (10) que o diretor-presidente Bayard Gontijo renunciou ao cargo e que o Conselho de Administração elegeu o diretor financeiro Marco Schroeder para assumir cumulativamente o comando da companhia.

    Gontijo deixa a empresa no momento em que a operadora de telecomunicações negocia um alívio de suas pesadas dívidas financeiras. No começo do ano, ele havia prometido que conseguiria reestruturar a posição de capital da companhia.

    Ele assumiu a Oi no final de 2014 após a saída também repentina de Zeinal Bava, após o calote de quase 1 bilhão de euros da holding Rioforte, do Grupo Espírito Santo, maior sócio da Portugal Telecom, com a qual a Oi estava se fundindo.

    Schroeder foi diretor de Controladoria da Oi entre 2002 a 2011. Em 2014, o economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com especialização pela Harvard Business School e na Wharton School, nos Estados Unidos, voltou à empresa, atuando como diretor financeiro da PT Portugal.

    Esta é a segunda saída repentina de um presidente de uma grande companhia brasileira em apenas dois dias. Na quinta-feira (9), a fabricante de jatos Embraer anunciou a saída do presidente-executivo Frederico Curado, e que Paulo Cesar de Souza e Silva assumiria o cargo a partir de julho.

    DÍVIDA

    A Oi encerrou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 1,64 bilhão, impactada pelo resultado financeiro negativo de R$ 1,9 bilhão. A dívida líquida estava em março em R$ 40,84 bilhões, alta de 7% ante o fim do ano passado, enquanto o caixa disponível ficou em R$ 8,53 bilhões, queda de 49,3% sobre o trimestre imediatamente anterior.

    Em abril a empresa fechou um acordo de confidencialidade com a Moelis & Company, que assessora um grupo de detentores de bônus com vistas à reestruturação de sua dívida.

    O esforço para reduzir o endividamento veio após fracasso na tentativa de fusão com a TIM , com participação da LetterOne, empresa de investimento do bilionário russo Mikhail Fridman, que desistiu do negócio após ter proposto investir até US$ 4 bilhões na Oi, se ela se unisse à TIM.

    As agências de classificação de risco Standard & Poor's e Moody's cortaram o rating global da Oi, em meio à expectativa de que a estratégia da empresa para reduzir a dívida deveria envolver troca de dívida com desconto.

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