As vendas de imóveis novos em São Paulo recuaram 46% em abril em relação ao mesmo mês de 2015, segundo dados do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) divulgados nesta terça-feira (14). Os lançamentos, por sua vez, desabaram 78,7% na mesma base comparativa, informou a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).

Em abril, foram vendidas 1.182 unidades residenciais novas, o que representa aumento de 10,5% em relação a março e recuo de 46% ante as 2.185 unidades do mesmo mês de 2015. Os lançamentos chegaram a 695, alta de 23% na comparação mensal. Em abril de 2015, o número era 3.269.

Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas e lançamentos tiveram o pior resultado desde 2004. Foram vendidas 4.038 unidades residenciais, queda de 18% em relação ao mesmo período de 2015 e um recuo em relação à medida de 7.800 para o quadrimestre entre 2004 e 2015. No caso dos lançamentos, o volume de 2.387 unidades foi o menor também desde 2004. A queda foi de 56% em relação ao mesmo período de 2015, quando foram lançadas 5.460 unidades.

Para o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary, a adoção de medidas econômicas para conter os gastos públicos deve ajudar a devolver a confiança à economia, ao mercado imobiliário e ao consumidor.

Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Sindicato, projeta recuperação da economia no segundo semestre e crescimento em 2017. "Com isto, o setor imobiliário poderá iniciar a superação de sua pior crise da história, com uma recuperação lenta e longa", afirma.

Segundo o Secovi-SP, o Brasil tem uma demanda de 1 milhão de imóveis residenciais por ano.

As vendas em abril foram lideradas por imóveis com preços abaixo de R$ 225 mil. Por outro lado, a maior quantidade de lançamentos foi de Imóveis com preço entre R$ 225 mil a R$ 500 mil, com 327 unidades no mês. O Secovi diz ainda que unidades com menos de 45 m² lideraram os lançamentos (369 unidades) e vendas (547 unidades).