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    Cemig demite 200 pessoas que estão perto da aposentadoria, diz sindicato

    ANA PAULA MACHADO
    DE SÃO PAULO

    15/06/2016 15h52

    Divulgação Cemig
    UHE Três Marias, localizada no Rio São Francisco, região Central do EstadoDivulgação Cemig
    UHE Três Marias, localizada no Rio São Francisco, região Central do EstadoDivulgação Cemig

    A Cemig demitiu cerca de 200 funcionários nesta quarta-feira em sua sede em Belo Horizonte. Segundo o Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro), foram desligados empregados que estão perto de se aposentar.

    Em nota, o Sindieletro informou que os demitidos completariam, até 30 de junho deste ano, 55 anos idade e 30 anos de contribuição do INSS para mulheres e 35 para homens e 30 anos de recolhimento no fundo de pensão da companhia, o Forluz.

    A Cemig informou que foram demitidos 158 empregados, aposentados ou que já reuniam as condições para se aposentar. Os desligamentos atinge 2% da sua folha de pagamento.

    "O número de desligamento dos empregados foi ampliado em função do momento econômico, que provoca impactos em todas as empresas do país. A decisão ocorreu depois que os Planos de Desligamento Voluntário Programado (PDVPs) de 2015 e de 2016 não foram suficientes para o ajuste da saúde econômico-financeira da companhia", diz em nota a companhia.

    No último dia 30 de maio terminou o prazo para adesão ao programa de demissão voluntária aberto pela Cemig. Segundo o sindicato cerca de 500 pessoas aderiram ao PDV. Hoje, a empresa emprega cerca de 8.000 pessoas.

    "Entendemos que essa demissão em massa foi arbitrária, pois, não ocorreu negociação com o Sindicato. As pessoas chegaram para trabalhar e foram informadas dos desligamentos", disse o coordenador geral do Sindieletro-MG, Jefferson Silva.

    No ano passado, a dívida da companhia com vencimento para 2016 chegou a R$ 6,3 bilhões. A Cemig alega que em função da piora do cenário econômico, "os custos de refinanciamento desta dívida aumentaram acima das expectativas mais pessimistas do mercado, colocando em risco a sustentabilidade das empresas do setor elétrico brasileiro, inclusive a Cemig".

    "Vamos entrar com um dissídio coletivo para pedir uma liminar para anular as demissões, pois, entendemos que idade não é um critério que justifique a dispensa. Em 2013, a Cemig fez a mesma coisa e conseguimos na Justiça reverter as demissões", disse Silva.

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