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    Plebiscito britânico

    Bolsa sobe 1,61% com aposta de que Reino Unido seguirá na UE; dólar cai

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    20/06/2016 17h40

    Ben Stansall/AFP
    Placa com frase "vote pela saída", perto de Charing; plebiscito ocorre dia 23
    Placa com frase "vote pela saída", perto de Charing; plebiscito ocorre dia 23

    O bom humor tomou conta dos mercados globais nesta segunda-feira (20). Pesquisas realizadas no fim de semana mostraram que a proposta de saída do Reino Unido da União Europeia, chamada de "Brexit", perdeu força entre os eleitores britânicos. O plebiscito está marcado para esta quinta-feira (23).

    A moeda americana perdeu terreno frente a praticamente todas as principais moedas, com a libra liderando as valorizações. As Bolsas mundiais e o petróleo avançaram.

    No mercado doméstico, o dólar à vista ficou abaixo de R$ 3,40, e o Ibovespa ganhou 1,61%.

    Segundo analistas, o ambiente político interno limita ganhos mais expressivos no mercado local. "O cenário político incerto deixa os investidores com um pé atrás, por causa da série de delações premiadas e porque o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ainda não foi concluído", comenta Fernando Ferreira, gestor da Lerosa Investimentos.

    BOLSA

    O Ibovespa chegou a subir mais de 2,5%, mas terminou a sessão com valorização de 1,61%, aos 50.329,36 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,1 bilhões, inflado pelo exercício de opções sobre ações.

    Os papéis da Petrobras ganharam 2,56%, a R$ 9,18 (PN), e 2,98%, a R$ 11,73 (ON). As ações da Vale subiram 1,63%, a R$ 12,46 (PNA), e 1,89%, a R$ 15,57 (ON).

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN ganhou 1,65%; Bradesco PN, também +1,65%; Banco do Brasil ON, +3,68%; Santander unit, +1,53%; e BM&FBovespa ON, +3,60%.

    Fora do Ibovespa, as ações preferenciais da Oi perderam 10%, a R$ 0,99, e as ordinárias caíram 5,97%, a R$ 1,26. O BNDES deu à operadora de telefonia um prazo de 180 dias sem pagamento de dívidas, enquanto a empresa toca o processo de renegociação de sua dívida, que soma R$ 50 bilhões.

    CÂMBIO E JUROS

    O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou em baixa de 0,87%, a R$ 3,3978. O dólar comercial, usado em contratos de comércio exterior, caiu 0,61%, a R$ 3,4000.

    No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 13,785% para 13,790%, e o contrato de DI para janeiro de 2021 baixou de 12,620% para 12,600%.

    O boletim semanal Focus, realizado pelo Banco Central junto a economistas. mostrou que a previsão para a taxa básica de juros foi mantida em 13% no final deste ano e em 11,25% em 2017.

    O CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, perdia 2,51%, aos 332.446 pontos.

    EXTERIOR

    As apostas de que os britânicos permanecerão na União Europeia ganharam impulso após o assassinato de deputada trabahista Jo Cox, na quinta-feira (16). Cox era a favor da manutenção do Reino Unido no bloco.

    Na Bolsa de Nova York, depois de subir mais de 1% durante a sessão, o índice S&P 500 encerrou a segunda-feira com alta de 0,58%, o Dow Jones subiu 0,73%, e o Nasdaq, +0,77%.

    Na Europa, Bolsa de Londres fechou com valorização de 3,04%; Paris, +3,50%; Frankfurt, +3,43%; Madri, +3,41%; e Milão, +2,54%.

    Na Ásia, as Bolsas também subiram. A Bolsa de Tóquio fechou com ganho de 2,34%.

    O petróleo também operava em alta. O petróleo Brent, negociado no mercado futuro em Londres, subia 2,46%, a US$ 50,38 o barril; o petróleo tipo WTI, negociado no mercado futuro em Nova York, avançava 2,50%, a US$ 49,18 o barril.

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